A VERDADE ESCRITA NOS MUROS PICHADOS.
APRESENTA:
01)
Tempestade furacão
02)
Olhar desconhecido
03)
Flor, chuva e sol
04)
A madrugada
05)
O jogo da vida
06)
Jogo duro
07) Refletindo, refletir
08)
Desabafo
09)
Nas nuvens
10)
Solitária
11)
Deserto
12)
Foi à última vez
13)
Olhos em chamas
14)
A verdade escrita
Nos muros pichados
15) O medo
16)
Os dias
17)
Uma carta Pra Sampa
18)
Bicho humano, bicho homem
19)
Uma carta ao amor
20) Vida insana
21) Rebeldia
22) Alívio
23) Para poesia
24) Cafundós do mundo
25) Realidade, Realidade
26) Purgatório
27)Tão Bem tranqüilo
28) Obscuro
29) O doce e amargo
30) Loucos
31) Purgatório II
32)
O Corpo
33)
Lobo ferido
34) A fuga
35)
Caminhos do ócio
36) Lágrimas
37) Banquete do governo
38) Fantasma do tempo
39) Não diga-me o que fazer
40) Ilusória desconhecida
41) Contemplar a lua
42)
Calada voz ativa
43)
Caro amigo sonho
44)
Da plantação a colheita
45) A saudade que invade minha memória
46)
A verdade da certeza mentirosa
47) Pequeno grande mundo
48) Quando a brisa acabar
49)
Lição de casa
50) Mina de rua
51) Nadar e morrer na praia
52)Estranho e desconhecido
53)
Despedida
A VERDADE ESCRITA NOS MUROS PIXADOS – POEMAS, POESIAS E REFLEXÕES, INCLUÍDO POEMAS E POESIAS DO LIVRO: "SERTÃO DE PEDRA" – GRAONE DE
MATOZ - 2007
E MAIS...
PENSAMENTOS
E
REFLEXÕES:
AUTOR FALA SOBRE SUA VIDA, ONDE NASCEU E UMA
PEQUENA OBSERVAÇÃO POLÍTICA, OU NÃO DE NOSSO
POVO E DO PAÍS EM QUE VIVEMOS.
Teus olhos me dizem como devo
Olhar; todo meu viver, todo o azul
Do mar.
Me dar inspiração... Me mostre opinião,
Pois a tempestade furacão, não me
Atinge não.
Não quero pensar. Não me deixe acordar;
Para ver que essa viagem não dar para
Ir tão longe... A realidade é tão confusa,
A vida é tão distante, e um tanto exagerada.
Às vezes até enrolada; mas a tempestade
Furacão, não me atinge não.
Cante-me uma canção... Mostre o seu
Coração... Porque a tempestade furacão,
Não me atinge não.
"Tempestade furacão", poema criado em 24 de
Abril de 2002.
Neste imenso olhar me desperta
A curiosidade.
Neste imenso olhar, onde eu
Enxergo a sinceridade.
Neste mesmo olhar, vem aquela
Insanidade, e a imensa vontade
De ser superior. É neste olhar
Que eu dou o meu valor.
Neste imenso olhar me trás
A saudade.
Nesse mesmo olhar enxergo
A verdade, e a imensa vontade
De ser superior. É neste olhar
Que eu dou o meu valor.
"Olhar desconhecido", poema criado em 10 de julho de 2002
Eu vejo o dia amanhecer, ou
O entardecer do dia. A brisa
Dos meus olhos, me fazem
Compreender uma mente
Criativa.
Uma mente que me faz
Pensar: flor, chuva e sol,
Não dar pra combinar...
Se você não entendeu,
Nem procure entender. Pois
A vida ao nascer é difícil
Até crescer; assistindo todo
O meu viver.
Tudo me faz pensar: flor, chuva
E sol, não dar pra combinar; um
Poema sem rimas, uma dança
Sem par.
"Flor, chuva e sol", poema criado em 02 de dezembro de 2002
A madrugada; essa é a minha
Linda amada. O seu escuro,
Que tem a realidade clara...
Uma lua cheia, que não
Me apresenta falhas.
A madrugada pra mim é
Toda criada, principalmente
Em noite de lua de prata,
Onde clareia tudo onde
Não tem nada. Minhas
Idéias, nunca foram tão
Inspiradas; Nesta boêmia
Madrugada. Na noite fria,
Na noite romanceada;
Essa é a minha linda
Amada madrugada.
"A madrugada", poema criado em 12 de junho de 2002
É a vida um jogo excitante. Brincar de
Viver, é sem dúvida uma brincadeira
Interessante.
Mas se não for esperto, ela pode se
Tornar estressante...
Pode até se tornar perigosa, chata
E picante. Ou uma incógnita
Misteriosa e fascinante.
Queremos brincar no jogo da vida; só
Descobre os seus mistérios, aquele
Que caminha.
Que jogo emocionante! Vamos brincar
De viver, essa brincadeira é deslumbrante...
Jogando viver, sem vitórias ao alcance. Jogo
Da vida, que jogo extravagante!
"Jogo da vida", poema criado em 10 de novembro de
2002
Sepultura, linha dura; tanto
Bate até que fura... Lendo
Uma escritura, destruindo
A escultura, abalando a
Estrutura, comprometendo
A censura, desmoralizando
A ditadura.
Vida dura, vida dura. Pra
Nada se dar um jeito; pra
Doença nenhuma existe
Cura.
Rua, sua, nua e crua, tanto
Bate até que fura!
"Jogo duro", poema criado em 10 de dezembro de 2003.
A vida de um rio são às águas.
A vida de uma planta são às
Flores.
A vida de uma árvores são às
Folhas, assim como a vida de
Um homem, é o seu corpo!
A vida de um pulmão, é o
Seu oxigênio.
A vida de um pássaro são
As asas. A vida da de um
Jornal é a sua notícia, a vida
Da música é a melodia.
A vida da vida que respira, a
Vida da certeza da mentira.
A vida da certeza da certeza.
A vida da morte, é a morte.
"Refletindo, refletir", poema criado no dia 08 de outubro de 2003.
Tudo que me atormenta, tudo me
Desconfia.
Tudo me aflige, tudo me atinge.
Tudo que me mata, tudo me
Maltrata; tudo é que me falta.
Tudo!, Tudo!
Tudo me corrói, tudo me
Destrói. Tudo que me
Envolve.
Tudo que ameaça, tudo não
Tem não tem graça.
Tudo!, Tudo!
Tudo entristece, tudo me
Aborrece, tudo é violência...
Tudo!!,
Tudo que acontece, tudo ao
Mesmo tempo; tudo é da moda,
Tudo é de momento. Tudo se
Enfraquece, tudo é que se
Esquece.
Tudo... Mas é isso tudo, que me
Obriga a viver nesse mesquinho
Mundo!!
"Desabafo", poema criado em 05 – 06 de novembro de 2003
As lágrimas que derretem no
Calor da tristeza. Com certeza
Alguma, elas caen como
Chuva, e derretem nas nuvens...
Na nuvem do desespero;
No ódio e no receio...
No fim do meu desejo;
Na filosofa do teu beijo;
Na corte do meu segredo...
Nuvem de lágrimas, é
Aonde eu fico, nas nuvens
De lágrimas é aonde eu
Vejo.
Nuvem de lágrimas é o que
Eu respiro, nas nuvens de
Viagens eu escrevo.
"Nas nuvens" poema criado nos dias 07 – 08 de 2003.
Onde está minha doce amada?
De está escondida em alguma
Emboscada...
Onde está minha identidade?
Deve estar encarceirada em
Alguma cidade...
E a felicidade aonde está?
Deve estar guardada em um
Lugar, onde se possa alcançar...
Solitária, mesmo que seja a
Última, solitária ainda serás...
Solitária sendo livre, solitária
Sem angústia. Sem nenhuma
Servidão, derrota de forma
Nenhuma. Solitária e única.
"Solitária", poema criado em 26/01/2003.
A pressa anda rápida, a perfeição
É a sua inimiga. Miragens um
Caminho próximo, um disfarce,
Para tapear o ócio.
O cenário é uma matéria morta, vida
Sórdida em pele e osso. É essa
Desgraça seca de um pobre povo, que
Possue esperanças e clamam por
Justiça, pois nela ainda acreditam.
E as serpentes fazem suas respctivas
Funções. Os seus venenos atraen a
Morte! Pois a saída é o reflexo da
Entrada.
O caminho é dado à sorte; o grito é
Um tiro seco.
O eco é uma esperança viva, a
Desidratação é consequência, mas
Irônico é este final de vida.
"Deserto", poesia origianalmente criada em 28 de novembro de 2003
Foi àquela última vez que eu me
Dei conta, de quanto à vida é
Importante.
Foi àquela última vez, que eu vi
Teus olhos a me contemplarem,
Tão distantes...
Ao alcançar um objetivo tão
Sincero, foi à última vez,
Aconteça o que acontecer...
Foi àquela última vez que dei
Um trago no seu cigarro. Foi
Àquela última vez, como num
Triste fim.
Foi à última vez que vi à imensidão
Pra mim.
Foi àquela última vez, aconteça o que
Acontecer...
"Foi à última vez", poema criado em 26/03/03
Lá pra Minas Gerais avistei
A fumaça insana, de cor
Esverdeada
Olhos em chamas...
No vermelho de uma fogueira,
Avistei uma cidade em chamas,
Chamas de um graveto, chamas
Em meus olhos, em meus
Olhos em chamas...
Explorando o infinito, conhecendo
O desconhecido chamas em negrito,
Chamas em meus discos,
Olhos em chamas...
Crianças loucas, poucas são as
Suas ganâncias, sobre a derrota
Dos oprimidos, Chamas na minha
Mente, chamas em meus olhos,
Chamas em meu corpo,
Olhos em chama...
"Olhos em chamas", poema criado em 29 de julho de 2003.
ELA BATE DOÍDA, NA PARTE VAZIA ONDE
NÃO TEM NADA. O INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA,
ÀS VEZES É O QUE SEMPRE FALA MAIS ALTO.
A LOUCURA DOS DIAS COLOCA A GENTE EM
UMA CAMISA DE FORÇA; FORÇA QUE SE VAI
EMBORA A CADA DIA, DIA QUE VAI EMBORA
JUNTO COM A VIDA. VIDA QUE SE VAI JUNTO DA
SEDE, SEDE QUE MATA A GENTE, JUNTO DA
FOME.
DESEMPREGO E HIPOCRISIA NOS CONSOMEM,
ASSASSINA A DIGNIDADE, POIS NA ESTATÍSTICA
É MAIS UM NOME... MAIS SÃO OS VOTOS QUE
ELEGEM, E ÀS PROMESSAS QUE SOME.
"A VERDADE ESCRITA NOS MUROS
PICHADOS", TEMA DA ESTÓRIA
"O SERTÃO DE PEDRA".
VERSÃO ORIGINAL.
O medo me trás ansiedade.
O medo me trás sinceridade
E me trás adrenalina e me
Deixa sem coragem.
Me trás segurança dentro
De si e identidade e às vezes
Ele me mostra a verdade.
Protege-me da maldade, me
Deixa clara a realidade, mais
Não evita em nada o desastre.
Atraí a calamidade, mais isso
Não são palavras de um
Covarde. É de um ser atento
A catástrofe, por favor, não
Me mate, porque de medo
Todo mundo tem uma parte...
"O Medo" escrita em 02 de dezembro
De 2002, em São Paulo – SP
Os dias passam como chuva
Passageira.
Os dias passam como nuvem
Chuvosa.
Os dias passam como uma
Pergunta sem respostas.
Os dias sempre, em uma
Bamba corda, em torno
Do mundo, dão uma
Enorme volta, como um
Planeta, com se fossem
Uma única bola.
Os dias só não passam,
No calado e escuro do
Medo, que um dia eles
Acabem.
"Os dias" escrita em 04 de dezembro de
2002, em São Paulo – SP
É São Paulo que me dar ansiedade,
Mais também me deixa bem à vontade.
Maravilhosa intensidade, que me
Transpira a saudade, como é grandiosa
Essa cidade, onde céu azul é raridade,
Mais mesmo assim, tem as suas
Qualidades.
Me trás medos e desafios, grandes riscos
E redemoinhos, pois viver sem "Sampa"
É que é um verdadeiro castigo, deixando–me
Preso a esse mundo antigo, que me deixa
Amargurado e ferido. Sendo calado por
Terceiros da voz rouca que não saí um
Grito. Dizer a verdade, em certos lugares,
É algo proibido, e não se pode dar resposta
A algum inimigo, viver sem São Paulo que
Com certeza, não é o meu destino, nem que eu
Viva cem anos continuarei acreditando nisso,
São Paulo é meu vício.
"Uma carta pra Sampa" escrita em 08 de dezembro
De 2002, Visconde de Mauá – RJ
Bicho humano, bicho homem!
Ser estranho, ser humano...
Uma criatura que desafiaste
Seu criador; criador que
Morreste envenenado, nos
Lábios de seu traidor.
Bicho humano, bicho homem!
Ser estranho, ser humano...
Uma criatura que desafia a
Lei da vida, tentando falar
Mais alto pra ver quem
Grita...
Bicho humano, bicho homem!
Demasiado ser humano...
Uma criatura que nada cria;
Uma invenção nada divina...
Só destrói e nada ensina. Que
Fugistes da vida, sem cumprir
A sua sina. Criatura vergonhosa,
Que criatura destrutiva!
"Bicho humano, bicho homem", poema criado em 07/09/03
Amor, amor perdido, dor
De cotovelo, a amada
Que tenho lhe tanto
Desprezo. È um desejo
De seu beijo, é uma flor
De meu receio...
Amor, amor perdido,
Que nunca foi
Correspondido,
Que amor será esse?
Aquele que em uma
Viagem foi esquecido,
Da lucidez foi liquidado,
Da minha vida foi vencido.
Amor, amor, amor perdido
Onde estás que estás tão
Esquecido?
Que amor será esse?
De um sonhador iludido
Na fábula que um dia
Tivesse existido.
Amor, amor não dominas
Quem já tem domínio.
Amor, amor já foi planejado
O seu extermínio.
Amor, amor que não existe,
Amor, amor sem destino.
Que amor será esse?
Um amor vingativo.
Amor, amor por que
Estás sempre mentindo?
Amor, amor eu finjo que
Acredito.
Amor, amor por que és
Tão destrutivo?
Amor, amor isso é um
Mau caminho.
Amor, amor um anarquista
Do amor, que como eu não
Sinto dor.
Que amor será esse?
Amor de inverno seco,
Amor, amor indolor.
Amor, amor perdido,
Amor de platéia, o
Amor é ridículo.
Amor é uma aberração.
Que amor será esse?
Um amor de circo, e
Que amor será esse?
Um amor cancerígeno.
Amor, amor nocivo.
"Uma carta ao amor", poesia criada em 01 de fevereiro
De 2005
Ó vida amarga, amargura do teu
Beijo amargo.
Ó vida largada, do teu ar que
Respiro, do teu ar que envenena.
Ó vida marcada, ó vida sábia...
Da tua dor que machuco, da
Tua dor que incendeia.
Vida da alegria és tu que me
Faz rir e chorar, sem a discórdia
Da agonia.
Ó vida insana, ó vida da alegria.
Ó vida estranha é vida escrita.
Minha amada vida.
"Vida Insana", poema criado em 07 de janeiro
De 2003, em São Paulo – SP
Rebeldia é do momento,
A juventude é a flor da
Idade, o jovem a flor do
Amadurecimento.
A fonte é da loucura, a
Insanidade é conhecimento.
A mente é entorpecida, música
É pensamento.
Raiva é combustível, a escrita
É um lamento.
Lágrimas de um protesto, sociedade
Um excremento. Vozes nunca são
Ouvidas, ouvidos entupidos de
Conceitos.
Rebeldia para que não seja aceita,
Nenhuma forma de preconceito.
"Rebeldia", poema criado em 01 de janeiro
De 2002/2003
Eu quero cair fora...
Eu não preciso disso.
Não quero pedir
Esmola..., Não perco
O compromisso.
Caído pro inferno, ou
Pro paraíso.
Isso é que é um alívio...
É disso que eu preciso.
É disso que eu necessito...
É disso que eu preciso.
Não suporto mais, tanta
Intolerância... Quanto
Pessimismo, mais não
Perco a esperança.
Agora, ou no nunca, é
Disso que eu preciso.
É disso que eu necessito...
É disso que eu preciso.
É disso que eu necessito...
É disso que eu preciso, e
É isso que é um alívio, é
Disso que eu necessito...
É disso que eu preciso.
É disso que eu necessito...
"Alívio", poesia criada em 27 de abril
De 2003, atrás da quadra de
Uma escola.
Viva a vida do poeta, que
Da poesia vive ela!
Viva a filosofia, que
Influencia uma vida!
Viva o arco íris, que
Colore o céu nosso
De cada dia.
Louvor a arte, que é
O pão nosso de cada
Dia.
Viva a poesia, que mexe
Com as cabeças, se
Hipocrisia.
"Para Poesia", criada em 23 de dezembro
De 2002, Em São Paulo – SP
Fugindo dos cafundós do mundo,
Da desgraça que sem dó devasta
Tudo.
Da tragédia chorando só, na lavoura
Trabalhando duro.
Passada a vida pra pior, visando um
Melhor futuro...
Saga umedecida de suor, em pontas
De facas dando murros, ambição cada vez
Maior, caminhando em passos curtos.
Sua cabeça que vai dando nós, em sua
Mente despertando um surto.
Dinheiro que vira pó, tabuleiro de um
Jogo sujo.
"Cafundós do mundo", poesia tema da
Do livro "O sertão de pedra".
Foras da lei, cúmplices da
Crueldade, pensamentos
Rebelados, é a nossa
Realidade.
Mentes destrutivas, é a corja
Dos covardes, nem por amor
Nem por dinheiro, essa é a
Nossa realidade.
Cobaias da justiça, cobaias
Dos injustos, soldados dessas
Leis é a nossa realidade.
Injustiça dos mais fracos, silêncio
Dos calados, silencio no tribunal,
É a nossa realidade!
Ditadura suja, essa é a realidade,
Isto é uma verdade, é a nossa
Realidade!
"Realidade, Realidade" escrita em 13 de
Fevereiro de 2003
Tragédias catastróficas giram
Em torno do mundo.
Sozinho e distante, no lago
Mais profundo.
A dor mais dolorosa, a dor
Sem sentimento. A fonte
Milagrosa, milagre do
Perdão.
Em um purgatório, ou numa
Prisão, liberdade que foi
Negada, sem direito ao perdão.
Tragédias catastróficas giram
Em torno do mundo.
Sozinho e distante, no lago
Mais profundo.
A dor mais rigorosa, a dor
Sem sentimento a fonte
Milagrosa do milagre do
Lamento.
Em um purgatório, ou em uma
Prisão, liberdade foi tirada,
Acompanhada de um sermão,
A culpa do culpado sem direito
Ao perdão.
"Purgatório", poesia criada em 18 de
Fevereiro de 2003
Tão bem tranqüilo, a sós num mar
De rosas. Num sonho exagerado,
E um coração em mil pedaços...
Tua luz é tão perfeita, e ainda faz
Brilhar um arco-íris de um oceano.
Viajando em um sonho, deste arco-
Íris tão estranho. Neste sonho:
Tão bem tranqüilo, a sós num mar
De rosas... Em um sonho complicado
E um peito estilhaçado...
Tua luz é tão clara, e ainda faz brilhar
Um arco-íris de um oceano. Neste sonho
Viajando, nesse mundo tão estranho e:
Tão bem tranqüilo, a sós num mar de
Rosas... Em um mundo tão errado, e um
Coração em mil pedaços...
Num sonho tão distante, neste arco-íris
Viajante, o meu sonho é o paraíso. No
Paraíso...
Tão bem tranqüilo, a sós num mar de rosas...
Só escapa do perigo, a liberdade nossa...
"Tão bem tranqüilo", poesia originalmente criada em 24/02/03
Nem tudo que reluz, é ouro...
É igual pimenta nos olhos
Do outro, é igual dar às
Costas ao próprio povo.
E o que há de novidade no
Novo?
O espírito que vive tão solto...
É a essência deste tal corpo,
Constantemente morto.
Nem tudo que reluz é ouro...
É a esperança de um pobre
Povo, os impostos que
Deixam louco, o salário que
É tão pouco... Nada mudou
De novo!, Nem tudo que
Reluz é ouro... O sistema é
Que é muito escroto.
O governo uma grande latrina,
Brasília é um enorme esgoto.
Nem tudo que reluz, é ouro...
Tão obscuro grito de guerra,
O bscuro grito de socorro.
"Obscuro", poema criado em São Paulo, no dia 01
De Junho de 2006, Vale Do Anhangabaú - centro
Eu caí fora da sua vida que
Passo bem longe...
Só ficaram lembranças, de
Um retrato bem distante...
E é só isso por enquanto,
E nada mais.
Este é o doce e amargo,
Sabor da derrota. Levei
Um fora de você, não
Conquistei nenhuma vitória.
Eu derramei lágrimas, como
Vinho em cálice de um morteiro.
Derramei meu sangue em um
Tapete vermelho...
Nossas vidas diferentes, refletidas
Em um espelho e só isso por enquanto
E nada mais.
Esse é o doce e amargo, sabor da
Derrota. Levei um fora de você, não
Conquistei nenhuma vitória.
Vitória...
Derrota...
Vitória...
Derrota!
"Doce e Amargo" poema criado em 12 de fevereiro de
Loucos de loucura, loucos
Da cabeça. Nossas idéias
Nunca mudam é sempre
A mesma certeza.
Loucos de insanos, loucos
De demência, hipócritas nos
Criticam, só cuidam da vida
Alheia.
Malucos de ternura, malucos
De talento. Insano é quem
Escreve anormal é quem
Está lendo.
Loucos de loucura, dementes
Da cabeça, mente esclarecida,
Palavras com clareza.
"Loucos", poema criado em 16 de fevereiro
De 2003
Tragédias catastróficas giram em
Torno do mundo.
Navio navegado, em um lago denso
E profundo.
Agonia grandiosa, agonia sem sentimento.
A pena mais rigorosa, cadeia no esquecimento,
Lembranças que me sufocam, neste fogo ardendo.
Em um purgatório, ou em uma prisão. Liberdade a
Céu aberto, sem direito a dizer não. Liberdade a luz
Clara sem direito ao perdão.
Tragédias catastróficas giram em torno do mundo.
Navio navegando, em um lago denso e profundo.
Agonia grandiosa, agonia sem sentimento.
A pena mais rigorosa, cadeia no esquecimento.
Felicidade que machuca pensamento que enveneno.
Em um purgatório, ou em uma prisão. Liberdade a
Luz clara sem direito ao perdão, Liberdade a céu
Aberto, mais com direito a sermão.
"Purgatório II", Poesia criada em 25 de
Março de 2003
Um corpo que repousa, em algum
Dia de uma noite noturna.
Um corpo que transpira as impurezas
De uma noite de núpcias.
Um corpo que viaja, tentando entender
Algumas mentes sujas.
É um corpo que empobrece, sem nenhum
Argumento de culpa.
Um corpo que procura a outro corpo.
Um corpo que grita por socorro.
Um corpo sem artifícios e sim o vício
Da arte.
Um corpo de dúvidas;
Um corpo de vícios;
Um corpo de injúrias, mas nada é perfeito,
Despertei-me de um sonho:
A única viagem, que é na realidade a única
Verdade, diga – se de passagem:
Isso é um único, solitário e indeciso
Corpo!
"O Corpo", poema criado em 20 de abril
2004, em Caldas Novas - Goiás
Um lobo ferido de cobra criada. Eis em uma
Jaula, onde é a principal caça.
De contos de fadas a bruxas malvadas...
Caça de índios, caça de "dráculas", de morte
Morrida a morte matada!
De contos de fadas a bruxas malvadas.
Em alcatéia de ovelhas negras a rebanho de
Lobocratas.
De jogo pra jogo, ou jogo de cartas...
De contos de fadas a bruxas malvadas.
Seu sangue sugado por "dráculas"; lembranças
Das heranças de lástimas. O veneno agora, lhe
Possui a alma; E o espírito lhe empobrece o
Corpo.
De mágoas há dias a mágoas marcadas...
De contos de fadas a bruxas malvadas;
De lobo ferido a serpente criada...
"Lobo ferido" tema do livro "O Sertão de
pedra". Poesia criada em 21 de
Outubro de 2006, no vão livre do MASP.
Perdido em um pacífico, afogo – me,
Em um enigma de mim mesmo.
Nado em águas turvas, por exagero
De mim mesmo.
Fujo de um planeta, fujo da realidade,
Tenho muito medo de encarar a verdade...
Perdido nesse labirinto, sem nome não
Sei quem sou; Nem de onde vim, nem
Pra onde vou.
Mais nada disso importa. Sou uma cobra
Venenosa, enrolada em uma árvore e
Despejo todo o meu veneno em cima de
Uma superfície morta.
Restos mortais, em uma matéria viva,
Matéria sexual indeferida!
Perdido em um pacífico e preso a uma
Garrafa de vidro, onde nada faz sentido.
Nado em águas turvas, por exagero
De mim mesmo.
Fujo de um planeta, fujo da minha realidade,
Tenho medo de encarar a verdade...
Perdido neste mundo, sem nome não
Sei quem sou; Nem de onde vim e nem
Pra onde vou.
Mais nada disso importa. Sou uma cobra
Venenosa, enrolada em uma árvore e
Despejo meu veneno em cima de uma
Superfície morta.
Restos mortais, em uma matéria viva
Matéria sexual indeferida!
"A fuga", criada em 23 de outubro de 2003
O caminho é longo e ensolarado,
A sede é seca e esgotável.
A ferida é ardente e sulfurosa
E o oxigênio é pouco e está em
Falta.
Mais o caminho ainda é longo,
Longo é esse caminho.
O perigo é o alerta do vacilo.
A dor é conseqüência do
Destino.
A cegueira são os olhos cegos
Adormecidos e o escuro, é o
Seu pior inimigo.
Mais o caminho ainda é longo,
Longo é esse caminho.
A alegria é o disfarce da tristeza.
A doença é a sina de toda a vida.
A verdade é o vulgo da mentira.
A derrota a sombra da vitória.
Mais o caminho ainda é longo,
Longo é esse caminho.
A loucura é um presente da
Vaidade.
O sexo, o elemento da
Produtividade.
A ilusão, o fruto da lucidez.
Mais o caminho ainda é longo,
Longo é esse caminho.
Os gritos são como tiros.
As armas são como pessoas.
O fogo faz o papel das águas,
As águas fazem o papel do
Fogo.
Mais o caminho ainda é longo,
Longo é esse caminho.
A velhice é a ponte da experiência.
A juventude é a ilusão da sabedoria.
A inteligência é o acaso.
A negligência, um descaso.
Mais esse caminho ainda é longo,
Longo é esse caminho.
A esclerose é uma metamorfose.
A lucidez é o fim, daquilo que já
Não existi mais.
A voz é agora um consolo.
A força um álibi.
A sorte um jogo de azar.
Mais o caminho ainda é longo,
Longo é esse caminho.
A escravidão é um
Documento assinado.
A honestidade é algo
Em vão.
A dignidade é pra vida inteira.
Mais esse caminho ainda é longo,
Longo é esse caminho.
A força é uma virtude.
O corpo é o equilíbrio.
A mente é obscura.
Mais esse caminho ainda é longo,
Longo é esse caminho.
A solidão é silenciosa.
Os dias estão cada vez mais
Curtos.
O fim cada vez mais próximo.
Mais o caminho ainda é longo,
Longo é esse caminho.
O sol é um vulcão.
Seus raios são as chamas.
O inferno, ou céu, são um
Convite.
Mais o caminho ainda é longo,
Longo é esse caminho.
O descanso é merecido.
O sofrimento aliviado.
A vida foi uma estrada.
A morte é uma caixa de
Surpresas, a descoberta
O fim do enigma.
O fim do enigma é o fim
Do caminho.
"Caminhos do ócio" poesia criada em 27 de
Novembro de 2003
O sol queima o fogo, o dia
Como se fosse uma caldeira
Escaldante.
É uma bala que atravessa meu
Peito, de um perigo eminente,
Vejamos que a morte não está
Tão distante.
O frio o calor, lágrimas que descem
Dos olhos daquele pobre amante.
O medo, a liberdade, o desafio e a
Coragem, da covardia até a alma,
De uma mente vazia, ignorante e
Covarde.
O suicídio vingativo, protestante,
Do abandono daquele corpo
Viajante.
O coração bate rapidamente em
Ritmo de perigo constante.
A luz no fim do túnel, uma luz que
Não seja menos interessante.
O mundo é radical, até a dor de
Uma gestante de dor natural.
De um tiro de uma dor desleal
De seu semelhante.
A agonia, agonizante, social deste hospital,
É humilhante!
A pobreza da etnia desta vida
Protagonizante.
A dramaturgia da tirania de seu
Escravo, sabendo que seu
Calvário está bem adiante.
O homicídio a si próprio, cujo
A idéia, não fora uma idéia tão
Brilhante.
Traumas de uma paixão nociva,
Traumática de algo impressionante.
Algo tão banal, visto como o mais
Importante.
Mais aquele corpo traumático, ainda
Respira, neste mesmo instante.
Anestesiado por drogas, dado como
Nome, de um bobo efeito relaxante.
Narcoticamente falando, de um sono
Induzido por calmantes.
Anos e anos se passam e é sempre
Aquela vida de ilusões e acontecimentos
Frustrantes.
De sonho transformado em um
Pesadelo irritante.
É uma realidade, de total verdade
Relevante.
O coração volta a bater de forma
Vibrante.
A alma abalada e cansada, que
Desanima da felicidade bem
Distante.
Sonha quem sabe um dia, te – la
Devolta ao seu alcance.
"Lágrimas", criada em 18 de fevereiro
De 2000, Hospital das Clínicas de
Ribeirão Preto – SP
A miséria alimenta o governo.
A ignorância acrescenta o
Veneno...
A "justiça", injusta justiça que
Continua cedendo, pior cego
Finge não estar vendo... Na terra
De "Herodes", somos restos de vosso
Reino...
Na terra dos "Césares" o vulnerável
Que paga o preço, o sistema, falho
Sistema continua cedendo, e a miséria
Que mata a fome do governo.
A violência acrescenta o veneno... Pior
Cego finge não estar vendo, só há
Vencedores em alcatéia de lobos, aquele
Que melhor sabe interpretar um cordeiro...
A paz só existe, para aqueles que possuem
Dinheiro. E a pátria continua cedendo...
Fome, doença e desemprego e a miséria
Sustentando o governo!
"Banquete do governo", Tema do
livro "O Sertão de pedra",
poesia criada no dia 07/06
De 2006, no bairro de Sto. Amaro,
Zona sul de São Paulo.
O sono é o fantasma do tempo. As horas me
Dão calafrios, os dias cada vez mais sedentos.
Os anos são sentenças, o sonho vai se perdendo;
Esperança já não existe, juventude que se vai
Com o vento.
O remédio é proibido, mas ele cura o que está
Doendo. O passado que condena é o presente
Que está se vendo. O futuro está do lado de fora,
A morte está aqui dentro. Insônias na madrugada
A raiva vai corroendo! Sorte sugada por terceiros, e
À custa dos outros vai vencendo; Maldito seja este!,
Cala-te o pensamento; E ainda chora pétalas de rosas
Sem nenhum discernimento.
Agulha espeta a alma, discursando com a parede eu me
Entendo.
A lucidez vai apodrecendo. Perdendo a noção dos dias, em
Meados de agosto ou de setembro...
"Fantasma do tempo",
Poema criado de agosto a
Setembro de 2007.
Faça sol, faça chuva. Faça inverno
Ou verão. Faça-me acordar, despertando
Da ilusão.
Faça dor, faça prazer; Meu amor não diga-me
O que fazer. Amar é um desafio, mas tenho
Próprio domínio do meu ser. Essas palavras
São abismos, mas nada é o que parece ser.
Faça-me acreditar, faça-me crer; Amor meu, não diga-me
O que fazer. Amar não é se humilhar a esmo e sim uma psicanálise
De viver.
Faça sol, faça chuva. Faça inverno ou verão. Sonho é pra se sonhar,
A ninguém pertence meu coração.
"Não diga-me o que
Fazer", poema criado
Em setembro de 2007
Andando distraído no tempo, eis que ela chegou até
A mim e me disse: Não dizia nada e talvez não existisse, mas a
Ilusória imaginária ainda insistia: - Qual é sua graça? – Perguntou
A voz desconhecida. Nada disse a quem não conhecia; Com os olhos
Que se estranhava, com medo estremecia. Será uma ilusão enlouquecida? –
Indaguei a minha mente entorpecida; mas a voz ainda persistia, perguntando
Quem eu era, até onde a lucidez me permitia: - Por que não diz qual é a graça
De vossa senhoria? Afinal, sou ilusória imaginária, a ti jamais machucaria! Nem na
Psicanálise; nem na embriaguês total me permitiria. Mas nada do que me diz tem
Alguma serventia! – Retruquei a aquela ilusória desconhecida. – Depois de uma
Garrafa de gim, tudo quanto é palavra se transforma em filosofia. Preciso ir dormir,
Pois já está amanhecendo o dia. Mas não me disseste a sua graça! – Insistiu a ilusória
Desconhecida.
"Ilusória desconhecida", poema criado em
Setembro de 2007.
O prateado do céu luz me fascina. Logo
Eu quero tanto fugir da rotina; contemplando
O prateado luar que ali tanto brilha.
No prateado céu luz imagino: quantas pessoas
No mundo sente o que eu estou sentido? A loucura
Que estais nos ares, no oxigênio que eu respiro.
Na viagem que está na mente, pensando na alma
Gêmea do mundo iludido.
No prateado do céu luz é que se sonha; no prateado céu
Luz é que se cria. Expor idéias não é ser mal educado, é
O antônimo de regras que impõe a bíblia.
"Contemplar a lua", poema criado em 29 de
Setembro de 2007, em Ribeirão Preto – SP
A caminhada desta vida, num tem sido lá dos melhores
Dias, a gente trabalha e nada vinga, e na encruzilhada
Entre o bem e o mau, onde a vida me castiga!
A agonia, agonizante social, governamental é humilhante!
A carência de janelas é muito grande, e o mundo lá fora é
Perigoso e fascinante.
Mais ainda faço um pouco daquilo que amo, ainda não
Estou no fundo do poço.
Eu me viro eu me arrumo, em pontas de facas eu dou murros;
Mas projetos meus que é vida minha, ninguém surrupia neste
Pequeno mundo.
Ainda que seja na ilusão da guerra, ainda que seja a fundo da
Vida.
Mesmo que ponha em risco a paz eterna, mesmo que eu seja
O único da lista.
"Calada voz ativa" Poesia originalmente
Criada em São Paulo, em meados de
2006; modificada, no dia 11 de novembro
De 2007
Caro amigo sonho: escrevo-te esta carta de suas
Ou mais páginas, que é de enlouquecer! Ficando
Acordado, agitado até o dia amanhecer. O barco
Que navega em um oceano sem águas, e ainda
Este corre risco de naufrágio, um carente de lazer.
É tão surreal esta estória que tenho de recitá-la a
Você.
És quem expira fantasia, arte e poesia... Por isso
Ridicularizado pelos sociais caretas! Dramatizam o
Moralismo, porém imorais para viver. Crentes da
Verdade da certeza; ignorantes da felicidade do que
É prazer.
Deus existe para eles, mas invertem seu significado.
Desinformado do cotidiano de terceiros, para eles é a
Morte; és execrado pelos sete capitalistas pecados.
Discursos sem palavras; palavras sem argumento e nem
A dizer.
A mentira é sua semente meu caro amigo... Mais quem disse
A quem que ela seja fruto hipócrita? A verdade é uma cortina,
Para pior cego que não quer ver... a televisão é hipnótica, no
Voto do cabresto, desta corja da verdade que nos forçam a crer.
A tecnologia é uma grande fabula; e não sei, repulsa por quem
Sabe, e não quero saber.
Para finalizar, não tenho vontade de acordar. O mundo real é para
Os fracos, lunático eu quero ser. Surrealismo é inverídico, mais nele
Pretendo morrer!
"Caro amigo sonho", poema criado em 31/09/2007
Quem planta o vento colhe a tempestade, e quem
Semeia estercos colhe excrementos.
Aquele que faz o hábito não faz o monge, que nasce
Iaô perto e morre tão longe.
Quem planta lembranças, colhe saudades e quem semeia
Dúvidas, recolhe verdades.
Colhendo do fruto que a esmo plantou; embriagando nas
Lágrimas que tanto chorou. Do ilusionista amor que tanto
Odiou. Quem cria o gás recria o vapor.
Laranja madura na beira da estrada, ou tá bichada, ou tem
Marimbondo no pé. Quem fabrica abades consome a fé.
E a vida é assim mesmo, a vida como ela é... Guerreando
O cotidiano, ou amando uma mulher.
"Da plantação a colheita", poema criado em
24/11/2007
A saudade que invade minha memória.
Maldosa, desonesta é a vida agora. Tudo
Na inércia, tudo tão igual; os pássaros com
Os mesmos cantos, um deserto total.
Não se ouve mais o barulho das águas, vindo
De onde for. Nem o vento das arvores que era
De valor.
Aqui não há sombras, apenas calor... Aqui ninguém
Em nada possuí amor!
Palavras que tanto engana a textura da pintura sem
Cor. Retrato da história leviana, passado de mentiras
E de dor.
A saudade que invade minha memória. Maldosa, desonesta
É a vida agora. Tudo na inércia, tudo tão igual: as cigarras que
Não cantam, melancolia total.
Vaga-lumes que não piscam. Corujas não assobiam desmatamento
Desleal.
Pontes, edifícios e viadutos, paisagem faraônica e artificial.
Desigualdade de final de ano, e um presente de natal. E a sábia planta
Queima no cachimbo, o que sobrou de natural...
Esgotos a beira rio, agua do mar que não tem mais sal. Carnificina deste
Ar insalubre, mas para gringo é cartão postal.
Onde tudo aparenta ser limpo, na verdade é tão imundo: na câmara, no
Supremo e no senado federal!
"A saudade invade minha memória" 27/10/07
A verdade da certeza é mentirosa. A mídia
Que a promove e a ciência a constrói.
Cheia de mitos, a teoria é santificada; ingênuo
É Quem crer em controvérsias estudas.
A mentira da verdade é grandiosa. Não existem
Estrelismos e a descrença dos que vem de fora...
O idealismo que transforma em religiosidade. A todos
Os adeptos da mentirosa realidade nobre. Entorpecidos
Entre aquelas informações pobres. Pessoas inventivas
Que azedando a nossa sorte. Pessoas iludidas do poder
De vida e morte.
Pregações são ruídos, o ceticismo é muito forte. Pessoas tão
Nocivas que prejudicam até a morte.
No purgatório ou no além; pessoas que acreditam na vida, passada
A morte.
"A verdade da certeza mentirosa", 27/11/07
O mundo é tão grande, mas não é o
Bastante para se viver. Comendo,
Matando, caçando para comer; loucura
Sendo louco na insanidade do prazer.
Criado mundo louco, não sabendo o que
Fazer; pois regras não são mais regras,
Sofrendo para não sofrer...
Mente sóbria não cria nada, pois não tem o
Que dizer. Lucidez é minha inimiga, ansiedade
Tão fogosa na vontade de correr.
O mundo é grande e tão pequeno, nem tão
Sereno para nascer; melodia inventada em uma
Gravura para ver. A beleza que é pintada,
Desafiando o poder.
Em um mundo repleto de sonhos, despertado para
Objetivos não realizados. Planos marginais
Mirabolantes, infalíveis ao serem instigados. A cúpula
Familiar condenatória, que desestimula o cego para
Ver; que tira às muletas do aleijado, desencorajado na
Esperança do que não pode crer...
Isso serve para mim ou pra você: e será que tudo isso
Nos faz crescer? O mundo é tão grande, mas não é o
Bastante para viver. Ir à escola para nada aprender; isso
Serve para mim ou pra você. O mundo é grande e tão
Pequeno, e injusto para nascer.
"Pequeno grande mundo", 25 de dezembro de 2007,
Poema criado em Arujá – SP
Neste céu tão cinza, a fumaça
Trás a brisa; planta que nasce,
Semente que vinga...
Mais tudo pode acabar, o que
Atrai e fascina; quando a brisa
Acabar estarei pronto para mais
Um dia..., Planta que nasce
Colheita que vinga.
Neste céu tão cinza, o hábito faz
A brisa; árvore que dar fumo,
Analgésico, anestesia...
Mas tudo pode falhar, na vontade
Que sentias; quando a brisa acabar
Mente insana curativa... Neste céu
Tão cinza, uma cabeça criativa...
Quando a brisa acabar, vai – se imbora
A alegria.
"Quando a brisa acabar", poema escrito em 14 de junho
De 2006, em Santana – SP
Nas cartas lamento sempre minhas
Lástimas, estando sózinho que eu
Me entendo. O futuro me sopra como
Vento. Pensamentos são como
Palavras; a vida se vai com as horas;
Da matemática da vida que nada
Entendo...
Cético das verdades sendo louco
Sobrevivendo. Convivência social
Que nada tenho; a ciência é uma
Arte da farsa, minha filosofia eu
Mesmo invento. A escola, para
Ridicularizar, o sistema de ensino
É que é nojento!
Padres da psicanálise, pregando ideais
Que vão vendendo. Empobrecem a vida
Em nome da imagem, a arte dentro de si que
Vai morrendo.
Distribuindo flores e aparências, o sonho vai
Se perdendo. Consolando com palavras anestésicas,
Consumindo a realidade, e a desconhecendo... Calmantes
São apenas comprimidos; mas é seu corpo todo apodrecendo.
"Lição de casa", poesia criada em 25/10/2007 modificada
Em 28/29/ Janeiro /2008
Mina de rua, não sei qual é a
Tua; seus olhos estão vermelhos,
Sua vida negra escura. Onde arruma
Esse dinheiro, conhece a lei da rua.
Mina de rua, a vida é quem te acusa:
"é cola o dia inteiro, que substancias
Você usa! Sabe o que faz e diz o que
Pensa, já não é menina, pois já é adulta!"
Contrariada ao poder, enfrentando os
Fracassos; de treta em uma noite, de
Chacina no feriado.
Incendeia o "abençoado" de trago em
Trago. E a insensatez de correr atrás,
Procurar trabalho. Sua trajetória, se guiando
Ao contrário. De memórias desta vida crua e
Suja! O corpo inteiro calejado; dentro de casa
Violado, violentado como de uma puta.
Mina de rua, não sei qual é tua; odeia a burguesia,
Detesta malandro agulha. Seus olhos estão
Vermelhos, sua vida negra escura.
Mina de rua, a vida é quem te acusa: "a esmeralda
O dia inteiro, é vício é loucura. Deve dinheiro pra
Beltrano e está com a vida curta".
Ela conhece bem a lei da rua!, Não tem com que
Pagar, agora vai ter que ir a luta. Quase não tem o que
Vestir, agora vai pra Augusta ficar nua! Ou então, morrer
Numa tarde de sol, ou numa noite de lua...
Mina de rua, sei lá o que você fuma; te acharam no
Acostamento, toda estripada lá na Dutra. O sistema é uma
Doença. Liberdade é a cura.
Lorotas de boteco que recriam a arte bela,
Nos depoimentos de uma menina de rua. Na
Escola vida dita cuja, que tanto soca e tanto
Chuta.
"Mina de rua", poesia criada em 12/01/08
Lute pela vida. A guerra não está
Ganha, mas essa batalha está vencida.
Lute por si mesmo; o mundo não acabou,
Ainda falta o arrependimento.
Fugir, pra onde fugir? Estamos num beco
Sem saída, o que tenho a fazer por aqui?
É nadar, nadar e morrer na praia? Sonhos,
Objetivos e no meio uma falha.
Nadar, nadar e morrer na praia. Tanto
Esforço, tanta energia, para no fim não
Dar em nada.
Ame a sua vida. O ódio lhe possui, o
Amor é consumista.
Ame a si mesmo; o mundo não acabou,
Ainda falta o arrependimento.
Construir o que construir? Se sempre tem
Alguém querendo destruir.
Fugir, pra onde fugir? Estamos num beco
Sem saída, não há nada a fazer por aqui.
E nadar, nadar e morrer na praia. Sonhos,
Objetivos e no meio uma falha.
Nadar, nadar e morrer na praia. Tanto esforço
E tanta energia, pra no fim não dar em nada.
"Nadar e morrer na praia", poesia criada em 26 de
Fevereiro de 2004
Andando no meu caminho, sem olhar
Pra trás; às vezes, a curiosidade é o
Conhecimento que se faz.
Catástrofe desastrosa em mãos
Desmioladas. Mas nesta vaga solidão,
Sinto-me um estranho e desconhecido.
Qual é a graça da piada?, Foi mesma
Sem sentido.
Que lugar é esse?
Qual é esse lugar?
Que lugar é esse?
Qual é esse lugar?
Andando no mesmo caminho perdido,
Onde me sinto um estranho e desconhecido...
Lamento neste lugar lindo caminhando,
Inspirado em um desconhecido pensamento
Estranho.
"Estranho e desconhecido", poema originalmente
Criado em 04 de dezembro de 2002 - Maromba – RJ
Triste esta partida, é a saudade que
Bate tão doída. O fim é sempre um
Começo para uma nova vida, mais
Ainda é triste esta partida.
A ida para o desconhecido, nem
Sempre o bom senso é bem vindo...
Mas acredito que o fim é sempre
Um começo, e a ida é sempre uma
Volta.
Triste esta partida, mas qual despedida
É isenta de lágrimas? Embora seja uma
Ida, pra sempre, tem que haver uma volta
Por cima.
Mesmo que seja na morte, mesmo que seja
Em outra vida. Ainda assim, é mesmo triste
Esta partida, uma sinsera e triste despedida
"Despedida", poesia criada em 19 de janeiro de 2004 – Terminal
RodoviárioTietê
REFLEXÕES:
"A VIDA HUMANA PODE SER UMA
UMA ESPÉCIE DE KARMAPARA
ALGUNS; PARA OUTROS É APENAS
UM ALUGUEL DE IMÓVEL"
Meu nome é Graone de Matoz. Sou poeta e escritor. Nasci na cidade de São Paulo, no bairro de Santo Amaro
Escrevi meu primeiro poema aos quinze anos de idade. Era uma prova de
Literatura, da qual teria que tirar a média mínima de 5,5, mas nem se quer
Nota zero a professora quis dar na prova. Repeti pela terceira vez a oitava
Série neste mesmo ano. O poema tinha certa crítica aos professores e ao
Sistema educacional no Brasil. A professora não avaliou a prova, usando o
Argumento que não era aquilo que ela havia pedido para fazer.
Desde então, não parei mais de escrever. Criava a cada dia mais, poemas,
Poesias e crônicas, cada vez mais perfeitas. Arrumei um caderno, que era
Uma espécie de diário. Nele criava poemas, poesias, crônicas e reflexões e
Depois fazia uma observação, relatando tudo o que acontecia no meu cotidiano. Caracterizava os lugares por onde passei das muitas viagens que
Já fiz.
Em 2005, tive a brilhante inspiração de escrever um romance, cujo conta de
Forma poética, a estória de um imigrante paraibano, tentando vencer às
Dificuldades em uma cidade grande. Terminei esta obra poética fictícia, em
2007, que chama – se "O grande Sertão e pedra".
Em São Paulo".
Resolvi neste ano, pegar antigos poemas e poesias e transforma tudo em
Livro. Alguns poemas e poesias são temas deste mesmo romance.
Neste livro, farei uma observação sobre alguns poemas e poesias e sobre
A real situação deste país.
"RESPEITAR O ESTILO E O IDEAL DE ALGUÉM
É COMO GARANTIR RESPEITO A SI PRÓPRIO.
ALGUÉM QUE NÃO SE CORROMPE NO MUNDO
DOS HIPÓCRITAS, FARÁ ALGO DE ÚLTIO NESTA
REAL BUROCRACIA EM QUE VIVEMOS"
OBS: Escrevi esta reflexão, quando escrevi o poema intitulado de "Loucos". É um poema, que retrata o preconceito de ideais existentes no mundo da perfeição. Quando eu digo: "hipócritas nos criticam, só cuidam da vida alheia", quer dizer que às pessoas estão mais preocupadas em ridicularizar o estilo de vida do próximo, do que fazer algo de útil para si mesma. Viver isolado e ser diferente dos outros, já é um motivo para ser intitulado de "anormal", de "sonhador", entre outras barreiras criadas por esta sociedade fascista.
Por pensar diferente e por ser diferente das outras pessoas, provoca certo desconforto para os outros, até mesmo dentro da própria família. Qual o problema de ser sonhador, se sonhos foram feitos para sonhar e a ninguém pertence meu coração? Expirei-me em escrever este poema, intitulado de: "Loucos" inspirado em pessoas que como eu, luta contra estes seres, que ridicularizam a vida alheia, impedindo de ter seu espaço neste mundo; mesmo Sendo de uma forma de vida diferente e pensando diferente das outras pessoas. Loucura não é nenhuma doença. Loucura é capacidade de criar, que inveja alguns e talvez, provoca certo desconforto em alguns senhores e aos olhos de certas senhoras...
Sejam bem vindos!
"NÃO PERMITA QUE A NATUREZA HUMANA GUIE
SUA CABEÇA. FAÇA COM QUE A FELICIDADE
GUIE ELA SÓZINHA"
"EM ALGUM LUGAR ESCONDIDO
VIVE A MINHA LOUCURA.
EM UMA LOUCURA ESCONDIDA
VIVE A MINHA MENTE, E EM
ALGUM CAFUNDÓ PERDIDO VIVE
MINHA CABEÇA"
"O CENÁRIO É UMA MATÉRIA
MORTA. VIDA SÓRDIDA EM PELE
E OSSO. É ESSA DESGRAÇA SECA
DO POBRE POVO, QUE AINDA
POSSUE ESPERANÇAS E CLAMAM POR
JUSTIÇA, QUE NELA AINDA ACREDITAM "...
OBS: Tolerância é o que ainda resta nesta plebe. Desemprego, violência, preconceito, impunidade. São tantas coisas que quem ainda possui tolerância e ainda acredita na "justiça"; é um verdadeiro guerreiro combatente, na arte da guerra desigual. Na poesia: "A verdade escrita nos muros pichados", tema de "O grande Sertão de pedra, a saga de um "Paraíba" em São Paulo"; Aborda a agonia social tão evidente neste país. Por exemplo, nas frases: "O instinto de sobrevivência, às vezes é o que sempre fala mais alto" e a "loucura dos dias coloca a gente em uma camisa de força"; Que quer dizer que a maioria dos habitantes deste país, combate na guerra do "instinto pela sobrevivência"; sem deixar-se se abater pelo inimigo. Muitos tributos a pagar, nenhuma janela aberta para um futuro. Falta de oportunidades que acabam levando a ignorância e ao esquecimento, até mesmo no anonimato; Sem voz ativa, sem liderança; indo parar até mesmo em uma "camisa de força".
"O AMOR É UM FALSO SENTIMENTO, NO
PLANETA EGOÍSTA SER HUMANO. APENAS
MAIS UMA PALAVRA EXPRESSADA EM VÃO "...
OBS: Quando eu digo que o amor é uma palavra desconhecida para a raça humana, em modo geral, penso do seguinte modo: "Como os seres humanos podem falar na existência do amor, com tanto descaso e tanta desvalorização da vida em geral?" Em minha opinião, eu acho que amor, é uma palavra inexistente no dicionário do planeta egoísta humano. Amam de forma possessiva, egoísta, capitalista e destrutiva. Quando escrevi a poesia "Uma Carta ao amor", descrevo o amor humano de forma egoísta e devastadora, da qual diz que o ser humano transformou a palavra amor, em símbolos de guerras, consumismo e possessividade. Por exemplo, nas frases: "anarquista do amor que como eu não sinto dor" e "amor de platéia, amor ridículo". Quer dizer, que nos dias de hoje, sempre tem o homem ou a mulher tentando sempre ser melhor e ter domínio sobre o outro. Humildade e amor próprio, é coisa que não existe no amor ser humano. Por esse motivo nos fazem virar os bobos da "corte", cujo seu sofrimento é a atração principal do espetáculo chamado de amor humano; onde o único dramaturgo que faz o papel do "ridículo" é o próprio humano protagonista. "O amor de circo" é o verdadeiro nome do amor do planeta egoísta humano; mas ainda acredito que existem homens e mulheres, que acreditam no amor oposto ao capitalismo compulsivo; a possessividade e ao egoísmo destrutivo. Triste realidade é que essas criaturas são a pequena minoria, em um planeta repleto de aparências e preconceitos.
"JUVENTUDE ESQUECIDA, PERDIDA
NA ILUSÃO DA SABEDORIA. VOZES
NUNCA SÃO OUVIDAS. MAIS LHE IMPÕEM
SEMPRE REGRAS PARA SEREM SEGUIDAS"
"NÃO DEIXE QUE A IGNORÂNCIA TOME
CONTA DE VOCÊ. EXPUSE – AS PARA
AS CABEÇAS FECHADAS, ONDE QUE
DOMINA É O PRECONCEITO"
AGRADECIMENTOS:
Agradeço a deus, por ter me dado o dom da arte. Agradeço a minha mãe, por estar sempre me criticando. Agradeço a meu irmão, por ter o dom artístico e aos meus amigos, por serem os loucos de natureza da vida. Agradeço aos loucos "Raul Seixas", "Marcelo Nova", "John Lennon", "Janis Joplin" "Jimi Hendrix", "Roger Walters" e "Joe Ramone" pelo o meu bom gosto pela música. E agradeço a "Érico Veríssimo", "Jorge Amado", "Cecília Meireles" "Guimarães Rosa", "João Cabral de Melo Neto" e Mário de Andrade" por tanto amar a literatura Brasileira; e a todos os artistas escultores da cidade de São Paulo, por terem feito brilhantes obras fascinantes e magníficas.
DEDICATÓRIA:
Dedico a todos os jovens esportistas, músicos, poetas, grafiteiros, skatistas e artistas plásticos que constroem um futuro alternativo abaixo-burguesia!
Graone de Matos, maio de 2007
A VERDADE ESCRITA
NOS
MUROS PIXADOS
POEMAS, POESIA E REFLEXÕES – GRAONE DE MATOZ
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