domingo, 27 de abril de 2008

"A saudade invade minha memória"

A saudade que invade minha memória. Maldosa desonesta

é a vida agora. Tudo na inércia, tudo tão igual; os pássaros

com o mesmo canto, um desrto total.

não se ouve mais os barulhos das águas, vindo de onde for.

nem o vento das árvores, que era de valor.

aqui não há sombras, apenas calor... Aqui ninguém em nada

possui amor!

palavras que tanto engana, a textura da pintura sem cor.

retatos da história leviana, passado de mentiras e de dor.

a saudade que invade minha memória. Maldosa e desonesta

é a vida agora. Tudo na inércia, tudo tão igual: as cigarras

que não cantam, melancolia total.

Vaga-lumes que não piscam. Corujas não assobiam,

desmatamento desleal.

pontes, edifícios e viadutos; paisagem faraônica artificial.

desigualdade de fim de ano para presentes no natal. E a sábia

planta que queima no cachimbo, foi o que sobrou de natural...

esgotos à beira rio, água do mar que não tem mais sal. Carnificina

deste ar insalubre, mas para gringo é cartão postal.

onde tudo aparenta ser limpo, na verdade é tão imundo: na câmara,

no supremo e no senado federal!

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