quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Graone de Matoz

Sonho da vidaSonho:

01) Sonho da vida sonho

02) Leis de Judas

03) Rosas de fogo

04) Cartas

05) Donas da verdade

06) Grito

07) Que é você?

08) Tão sincero demais

09) Desastres

10) Beijo da insanidade

11) Sina

12) A viagem

13) Tempo inimigo do tempo

14) O fim do mundo II

15) Labirinto

16) Reformatório

17) Alienado

18) Controle remoto

19) Pensando em você

20) Despertando na neblina

21) Minha flor, florida, amor

22) Pedra no caminho, rosa sem espinho

23) Lá no Largo do Arouche

24) Curtos foram esses dias

25) Calejada do cerrado

26) Paisagem poluída

27) Noites vadias

28) Momento

29)
Poder aquisitivo

30) Ó vida boêmia

31) Cidade vendida, cidade perdida

32) Vontade insaciável

33) Gregos e troianos

34) Eu quero voltar à vida antiga

35) Quadro

36) Passeata social-burguesa

37) São apenas coisas que não me lembro mais

38) A magia

39) Lamento a sua perda

40) Chácara das flores

41) Tédio nosso em tempos capitais

42) Velhos tempos da garoa

43) Sonhando com o mar

SONHO DA VIDA SONHO – POESIAS E POEMAS – GRAONE DE MATOZ 2008


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

A vida é como um sonho; sonhando se

Sonha sonho, dormindo para poder

Sonhar.

A vida se vive a vida; vivendo vivenciar...

A vida da verdade é um sonho, da ilusão

Que a crença quer acrescentar. O circo

Social é para os bobos; uma platéia a mais

A se inventar.

Sonho se sonho; sonho, que não deixa a

Desejar.

Dormindo se dorme à vida, despertando

A acordar. O sono se torna outono, uma

Platéia a mais para se enganar. Sonhando

Torna-se um sonho, para no surreal

Acreditar...

(Sonho da vida sonho, janeiro de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Puto seja àquele que inventou o

Destino nesta terra suja... Vampiros

Nos consumindo, incorporados de

Cordeiros, ou de Judas...

Louvor à classe nobre, porca e justa;

A "justiça" mais oprime do que

Educa... Em terra de loucos, todos

São execrados pela culpa; e no

Inferno para o diabo lavar mais uma

Roupa suja... Neste labirinto da

Vida dita cuja! Que é mais dos outros

Do que sua.

Aquele que não atira pedras, é o

Primeiro quem te julga. Nas costas

Suas, nas leis de Judas: mercenário

E sangue sugas.

(Leis de Judas, poema do livro "O Sertão de pedra", criado originalmente 15 de outubro de 2006 – São Paulo – SP)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Rosas de fogo: queima ao ego de uma

Vida de louco.

O dom é para poucos. Quem se abre a

Terceiros, ao meliante entrega o ouro.

Tolos são aqueles que com palavras,

Acham que tem a cura. A fórmula não

Há consistência, muito menos a verdade

Pura. Cobaias da ciência, mentira crédula

E crua.

Rosas de fogo, incendeia o ego da

Loucura; rosas de fogo tão distante do

Amor... Romance em cartaz, espetáculo

Real de um ator. O poema é trivial, para

Um artista descrevo a dor.

Rosas de fogo apaixonado, rosas de fogo

Que calor!

Rosas de fogo embriagado, rosas de fogo

De amor.


(Rosas de fogo, janeiro de 2008)


 


 


 


 


 


 


 

Andei depressa no meu calvário, passei

Voando pela minha agonia.

Caminhei vagarosamente nas minhas

Mágoas tão sozinhas.

Nos meus receios tão sombrios, andei

Lento como um rio de águas rasas de

Sereno tão anil.

Andei, caminhei, sonhei e senti. Pensei,

Como serei depois de tudo isso, se ainda

Não plantei a semente que dar origem ao

Fruto? Que todavia, logo colherei.

Mas desde o início, logo aprendi: que tudo

Que plantei um dia, foi algo que colhi. Pois

O tempo há de semear; também há de

Colher. Mas tudo que me resta agora, é

Que consegui sobreviver a tudo isso,

Colhendo dum fruto só. Tão imaturo!

E a caminhada continua... Sem pressa,

E árdua, devagar, ingrata. Mais a viagem

Valeu, vale e valerá. Enquanto isso, o

Sonho não acabou.

(Cartas, 27 de fevereiro de 2003)


 


 


 


 


 


 


 

Donas da verdade, céticas ou semideus.

Genocracia aristocrática, regras que

Ninguém obedeceu.

Fascistas impetuosas; impetuosidade

Do prazer.

Tirania que ninguém engole, impondo-lhe

O poder.

Donas da verdade, onipotentes naturais.

Da estética escondem a máscara, num

Jogo de seduções guturais.

Do amor a servidão. Amante se torna

Escravo, de joelhos ao perdão; onde

O certo se torna errado, direitos é

Algo em vão.

Corruptas da vaidade, esnobando

A caridade alheia... Injustiça, que

Torna "justa", na mesquinharia

Verdadeira. Que se danem os

Problemas do mundo, apenas a

Mudança de lua é que é perfeita!

Apenas as donas da verdade, são

Que choram, as imperatrizes do

Planeta.


(Donas da verdade, 05 de fevereiro de 2008)


 


 


 


 


 

Grito... Liberdade que grita dentro de mim.

Como num dia chuvoso e triste assim...

Liberdade que canta, algo em mim.

É só um grito: felicidade que briga

Dentro de mim. Como num dia

Chuvoso, e triste assim. Liberdade

Que canta algo em mim.

Grito de liberdade;

Grito de discurso, grito de alegria;

Ruído de remorso, grito de agonia.

Grito... Liberdade que grita dentro

De mim. Será que vai ser sempre

Assim?... Música que canta algo

Em mim.

É só um grito!

(Grito, dezembro de 2007)


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Quem é você, que não me sai da cabeça?

Quem é você que me tira a fome? Que não

Deixa ler o meu jornal... Notícias de

TV é tudo igual...

Quem é você que me tira o sono?

Quem é você que não me deixa escrever?

O que faz você no meu destino? Quem é

Você que me deixa tão mal?

Que não deixa ser um cara muito

Legal... Andar a essas horas, é imoral...

Quem é você, essa imagem invisível?

Quem é você, um sonho antigo? Que

Não sabe ser o que é normal... Vontade

Na manhã, não é nada mal...

(Quem é você?, 22 de fevereiro de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Eu começo a escrever, tudo que um dia

Aconteceu. Começo a enxergar, tudo

Que um dia me pertenceu.

Quem me dera um dia ser... A política

Que fizeram da minha vida... Tantos

Dias e tantas noites que pensei em

Solidão.

Porque eu não me entrego, não

Regresso... Tão sincero demais.

Porque eu não enxergo o tão

Singelo, tão sensível demais.

Eu começo a aprender, o que

Há, e o que não, possibilidade

De vencer. Tudo, tudo, tudo

Que um dia me pertenceu...

Quem me dera um dia ser... A

Mentira óbvia, que fizeram da

Minha vida... A vida tão vazia

Até luz do fim dos dias...

Porque eu não enxergo, o tão

Singelo... Tão sensível demais.

Porque eu não me entrego, não

Regresso, tão sincero demais.

Porque eu não lhe peço, não

Me entrego, sou tão singelo

Demais...

(Tão sincero demais, outubro de 2004 – junho de 2005)


 


 


 

Afogo-me em um desespero, que algo

Me livre desta angústia. Que venha

Algo pra ouvir, não precisamos de

Tanta astúcia.

Já aceito tantas regras burocráticas

Demais.

Tragédias radioativas, conseqüências de

Um desastre. Essa atmosfera que

Envenena nosso sangue; essa água

Podre que nos mata a cada dia. Não sei

Falar essa língua!, Não sei falar essa

Língua... Assassina!

Desastres, todos à espera de um

Ataque!

Desastres, atacando o céu e os

Sete mares.

Um dia de sangue, ataques em

Destaque. Invasão de domicílio,

Invasão de privacidade... Já

Aceito tantas regras burocráticas

Demais...

Tragédias radioativas, conseqüências

De um desastre. Essa atmosfera que

Envenena nosso sangue; essa água

Podre que nos mata a cada dia. Não

Sei falar essa língua!, Não sei falar

Essa língua... Assassina!

Já aceito tantas regras burocráticas

Demais, já aceito tantas regras

Burocráticas demais...

Afogado num desespero, que algo

Me livre desta angústia. Usando

Palavras que não são suas. Tentando

Remediar o que não tem cura.

Já aceito tantas regras burocráticas

Demais; já aceito tantas regras

Burocráticas demais...

Catástrofes radioativas, conseqüências

De um desastre. Essa atmosfera que

Envenena nosso sangue; essa água

Podre que nos mata a cada dia.

Não sei falar essa língua, não sei

Falar essa língua, não sei falar

Essa língua... Assassina!

Desastres, todos à espera de

Um ataque.

Desastres, atacando ao céu e

Aos sete mares.

Desastres...

Catástrofes.

Desastres...

Catástrofes.

Desastres!

(Desastres, junho de 2005)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Ferramentas em óbito, clandestinidade de

Seu povo. Surtos circunstanciais, da

Loucura instantânea.

Negligência do império, abdicando o seu

Trono. Cansado de mentes vazias, o

Reinado está morto.

Surtos circunstanciais, necessidade

Instantânea.

Memórias de uma luta sem justiça,

Direitos um codinome para o consolo.

Beijo da insanidade, na loucura

Doentia. Alimento da ingenuidade,

No voto nosso de cada dia.

(Beijo da insanidade, 03/11/2004)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Bate forte obsessão, dilacerado coração,

Pisoteado de um amante estorvo.

Desalmado coração, a verdadeira

Explosão, de um verdadeiro e

Fulminante.

Perfurado a imensidão de uma

Eternidade relevante.

Castigado a solidão, humilhado a

Um vexame; de uma podre ilusão

Acuado a todo instante.

Condenado a escuridão e frustrado

A qualquer chance. Odiado da

Paixão, massacrado ao meu

Alcance.

Esmagado coração, decepção foi

Muito grande. Encontrar algum

Consolo no afeto bem distante.

(Sina, fevereiro de 2005)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Silencioso tiroteio, misericórdia em teu seio.

Mas me amo loucamente, no tão grotesco

E persistente.

O corpo é descartável, outra vida é

Inevitável. Uma escolha é o cemitério,

Outra coisa o crematório.

Não importa essa matéria, discriminatório

Cientista. A teoria é condenatória, de um

Capitalismo egoísta.

Morrem pobres, morrem loucos, mas o

Bom senso é para poucos...

A verdade é mentirosa, tão falsária e

Fantasiosa. Quem tem certeza nesse

Universo, é quem não tem idéia

Própria. A viagem é para sempre, pra

Essa vida não tem volta. Mesmo que

Haja decomposição do ser; mesmo

Que a matéria esteja morta.


(A viagem, 16 de fevereiro de 2006)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

O tempo é inimigo do tempo. São quase dez anos

Confinado no templo. Se o dinheiro fosse igual

Às pessoas, o sacrifício seria mais lento.

Mentiras tão ditas, que conduzem à verdade.

Iludidas, manipulam um pensamento uma cidade.

Medo, sofrimento, ansiedade.

Desejo, sentimento e piedade.

O tempo é inimigo do tempo. São quase dez anos

Confinado no templo. Se o dinheiro fosse como às

Pessoas, o sacrifício seria mais lento.

Cartas bem escritas que conduzem a lágrimas.

Doloridas, multiplicam um elemento de mágoas.

Preconceito, ressentimento inimizade.

Desrespeito, encarceramento, crueldade.

O tempo é inimigo do tempo...

(Tempo inimigo do tempo, 16 de fevereiro de 2006)


ABAIXO HIPOCRISIA!


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Um dia, se o mundo realmente acabar; quero

Escrever o dia, como uma ponta que queima

Entre os dedos, temendo se apagar.

Mas como ela poderia se apagar, se aquilo

Que chamamos de planeta cósmico, de

Fogo irá se acabar?

Brasa não faltará!

E se eu viver até lá, se é que o mundo irá

Realmente acabar, pagarei pra ver o

Fim começando desde já.

Vale à pena arriscar... Quer um palpite?

É bom experimentar; pois tudo que surge,

Um dia irá se acabar; tudo que um dia

Começa, um dia tem que terminar.

E quer um palpite? É melhor começar

A acreditar... Pagando para ver o fim

Começando desde já. Quer um palpite?

É bom experimentar!

(O fim do mundo II, 07 de fevereiro de 2006)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

A porta de concreto é uma saída. Pela janela

Que some à luz do dia. A morte nos consome

Em carne viva... A vida que se perde à

Hipocrisia.

Luz desaparece no fim do túnel...

Pois à fuga é sempre uma idéia fútil; onde a

Fome é sempre uma greve útil. A anarquia

Subversiva, desaparece no discurso inútil.

A porta de concreto é uma saída. Pelo muro

De desgraças eu sorria. A sorte nos corrompe

À sacristia; oportunidade que se perde na cor

Cinza. Ganância mercenária, gloriosa e

Assassina...

O dinheiro tão sonhado é uma utopia.

A porta de concreto é uma saída. Pela vida

Tão amada que eu vivia.

A ansiedade que me bate tão sózinha; é a

Saudade que me atormenta tão doída.

Amargo foi o orgulho em minha vida.

Trágico é ter perdido a ironia.

A porta de concreto é uma saída. Pelo

Palco de um espetáculo eu assistia...

Impotente da razão eu me sentia;

Onipotente da verdade eu não ouvia.

Entorpecido pela lógica não percebia.

A porta de concreto é uma saída. Pela

Alma que se sente tão perdida; pela vida

Enganosa adormecida.

Mais uma coisa eu admito: a porta de

Concreto é um labirinto A palavra que não

Pode ser esquecida... A porta de concreto é uma saída!


(Labirinto, 09 de fevereiro de 2006

Nada é o que se ver, tudo é o que se

Sente. Palavras não importam, o

Saber é que todos mentem.

O argumento é sempre uma desculpa;

Singela consciência, nos livramos de

Tanta culpa.

Nada é para sempre, à vida é uma

Loucura. Do subconsciente, onde

Está essa aventura?

Nada a declarar a toda essa corja.

O sol não nasce pra todos, não há

Nada pra esquecer.

O sol não nasce pra todos, muito

Menos para àqueles que fazem por

Merecer...

Fazer por merecer!


(Alienado, 05 de fevereiro de 2006)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

A caminho sem destino, sem medo da verdade.

Aceite um convite, você é motivo de orgulho...

Orgulho da família...

Orgulho da nação... Aceite essa vida, de ordens

E submissão.

Não seja tão covarde. Cadê seu patriotismo?,

Onde está sua lealdade?!

Controle remoto do estado. Sem idéias e sem

Vontade. Cadê seu patriotismo? Onde está a

Obrigatoriedade?!

Só há sangue em minha frente, por toda à

Parte... Dever cívico para o estado. Controle

Remoto, marionete pau mandado, lealdade.

Não seja tão covarde. Por que não canta o

Hino? Cadê sua responsabilidade?! Que

Falta de patriotismo! Que sujeito sem

Coragem!

Controle remoto do estado, sobrevivendo

Da caridade. Mas respeite o seu país; país

Sem liberdade.

(Controle remoto, novembro de 2004)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Quando penso em você me dói à alma, Desfaz

Daquilo tudo que acredito... Uma idéia fixa

Intencionada. O amor só não é mais forte

Que o infinito.

Pensando em você, é vaidade. Mas me faz entrar

Nesse mundo tão mesquinho. A fixação por você

Me dói à alma, me faz desistir do meu destino.

Àquele bom e velho abraço, não quero ser aquele

Bom e velho amigo.

Pensando em você... Que não consigo chorar. Não

Consigo aprender, a deixar de desejar.

Pensando em você... Não consigo te esquecer,

Não quero mais lembrar... Não preciso me vender,

Quem só me faz me machucar.

Pensando em você.

Lembrando você.

Citando você.

Pensando em você... Sem falar no

Principal, odiando você.


(Pensando em você, 06 de março de 2008)


 


 


 


 


 


 


 

Neblina que, nasce no fim do

Dia. No fim de tarde,

Despertando para a vida.

Viagem que me nasce em

Cor viva. É espetáculo real

Das luzes cinza. O poema

Nasce do poeta que algo

Cria. Da canção diária

Que algo expira. As

Palavras que sussurram,

Em quem respira; da voz

Usurpadora que se ouvia.

Das palavras de liberdade,

Da criação da poesia...


(Despertando na neblina, 11 de março de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Minha flor, florida, amor... Quem foi

Que disse a ti, que lhe tenho horror?

Lhe faço juras, lhe escrevo poemas

De tanto valor... As cartas que escrevi,

Pra ti meu grande amor.

Amor, florida, minha flor... Não guarde

De mim nenhum rancor. Às pétalas em

Pedaços, em minha vida espezinhou.

Rosas espinhosas, comparo a ti o meu

Amor.

Lhe faço juras, lhe escrevo poemas

De valor... As lágrimas que derramei

Por ti, meu grande amor.

Amor, florida flor... Minha amada, querida

Flor... Quem foi que disse que lhe tenho

Horror?

Para minha flor, florida, amor...


(Minha flor, florida, amor – 15 de março de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Como uma pedra no caminho, como uma rosa

Sem espinho... Solidão que vem e passa, nesse

Dia tão lindo.

A declaração é gloriosa, a poesia é inventada.

A paixão é perigosa, a melodia é mal criada.

Como uma pedra no caminho, como uma rosa

Sem espinho... Solidão que vem e passa, nesse

Dia tão lindo.

A palavra é carinhosa, a canção que é cantada.

A viagem é gostosa, a inspiração que é

Inspirada.

Como uma pedra no caminho, como uma

Rosa sem espinho... Solidão que vem e passa,

Nesse dia tão lindo.

Pensando em metáforas, criando com

Carinho. Em uma mesa a luz e velas,

Com um bom e velho vinho...

Como uma pedra no caminho, como

Uma rosa sem espinho... Solidão que

Vem e que passa, neste dia tão lindo.

Como uma pedra no caminho, como

Uma rosa sem espinho.


(Pedra no caminho, rosa sem espinho – 16 de março de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 

Lá do Largo do Arouche, você me

Trouxe presentes, e uma boa

Noite.

No Largo do Arouche, você vingou,

Escreveu, e sobrevoou...

Lá no largo do Arouche, você me

Trouxe balas, depois um doce.

Ali mesmo, você plantou: estrelas,

Depois me usou. Me seduziu,

Depois cansou; depois pediu, mas

Não pagou.

Lá do largo do Arouche você trouxe,

Um beijo e admirou-se; balas e

Depois um doce.

Lá no largo do arouche você cantou:

A música, que emocionou. O livro

Que você escreveu, a história que

Você criou.

Lá do lado do Arouche, você me trouxe.


(Lá no largo do Arouche, 17/03/2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Peço que não me deixe sem respostas. Nesta

Carta que eu lhe escrevo agora. Curtos

Foram esses dias; em um sol de outono, a

Nestes meses ventanias.

Escrevo a ti, sem falsa modéstia. Cotidiano

De uma vida hipócrita; curtos foram esses dias...

Sem nada pra botar pra fora. Em dias de

Burocracia. Em semanas de agruras próprias.

Nessa carta lamento os meus deslizes. Frases

De desabafos, que nunca foram tão felizes.

Curtos foram esses dias, porre no final da tarde,

Lembranças de madrugadas vadias.

Peço que não me deixe sem respostas. A vida

Não pode acabar assim. Remédios para ansiedade,

Dê-me uma resposta para mim. Curtos foram esses

Dias. Sem início, meio ou fim. Curtos foram esses dias, a

Memória me entenderia.

(Curtos foram esses dias, poema criado em 22 de março de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Será que depois da morte existe

Vida? Sai da seca, sai da sina e

A treva nos castiga? Ou o inferno

É aquele sol, que tanto queima e

Judia?

Tudo planta e nada vinga. É o pão

Nosso de cada dia. Tanto faz morrer

De sede, morremos aos poucos a

Cada dia. De barriga bichada, ou de

Barriga vazia.

Essa é a experiência nata de toda a

Vida. Ou morrer de fraqueza, ou

Então de bala perdida. Ou de boca

Seca, ou de fome desnutrida.

Carrega a cruz da penitência, ou a

Fome misericórdia? Calejada é

Brasileira, o futuro não importa.

Para a caridade sertaneja, tem

Ao menos humilde cova.


(Calejada do cerrado, poesia tema do livro "Sertão de pedra" – São Paulo - 2006)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Paisagem poluída, corrompida, destrutiva da

imagem visual; Minha terra tem fumaças

que envenenam nosso ar. O oxigênio que

se respira é uma poluição Pulmonar.

Nesse céu não há estrelas, nossas

Várzeas não tem flores, nossos bosques são

Sem vidas, nessas vidas sem amores...

Minha terra tem fumaças, que envenenam

Nosso ar; irritam os meus olhos, enfisema

Pulmonar. Vendo tudo se acabando, e o

Mundo se calar. Paisagem poluída, holocausto

Nuclear.

Aqui as aves não gorjeiam, arrepia no estampido

Da pólvora. Sim, é triste, mas não há outro

Desfecho pra essa estória. Lamento falar

Sobre essa modernidade sórdida, que se

Vende ao consumismo, e consome a vida

Própria.

Poluição industrializada, monopólio que

Polui. Imagem visual comprometida, das

Águas deste rio insalubre.

Poluição governamental, desvalorização

Do ser humano. Poluição do capital...

Paisagem poluída, corrompida, destrutiva da imagem

Visual!


(Paisagem poluída, 23 de março de 2008)


 


 


 


 


 


 

Vida se consome a luz do dia, em ruas de

Liberdade explícita. Minhas noites são

Vadias, da boêmia a poesia. A crítica

Social, do templo a heresia.

Em uma sexta-feira tão artística, alguém

Sempre me dizia: "a arte é sua, a sua cria,

Não tem mais surtos tão artistas; cuja arte

Adquiria. Na semente que se planta, em

Algum fruto que se vinga".

Será sempre assim, uma vida numa noite

Vadia? Cuja liberdade é explícita... Em tempos

De poesia, minhas noites são vadias. De uma

Boêmia romanceada, a uma cachaça envelhecida.

Da boêmia a poesia, minhas noites são vadias.

(Noites vadias, 23 de março de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Desculpe a ofensa, foi tudo de momento.

Desculpe o meu jeito, esse meu jeito

Truculento.

A raiva não se acalma, a raiva que não

Passa. O ódio é furacão, o choro é

Tempestade.

Lágrimas são chuvas, mas o cansaço é

De momento. Desculpe pelo dia, por

Tudo isso eu lamento.

Desculpe pelo incomodo, é só por um

Momento. Perdoe o desabafo, me

Desculpe o mau jeito, desculpe o meu

Comportamento. Lágrimas são chuvas

E o choro é tempestade.

Por tudo isso eu lamento. Me desculpe

A ofensa, foi tudo de momento.

(Momento, poema criado em 2003 – modificado em 24 de março de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Aos doutores, amadores dirigentes da

Nação. Aos burocratas imperadores,

Julgadores promotores e juízes

Onipotentes da razão. Essa "justiça"

Corporativista, enganosa e fascista

Da desanimadora repressão. Palavras

Nunca antes censuradas, onde cartas

São marcadas, no poder aquisitivo da

União...

Aos doutores amadores, dirigentes da

Nação. Aos burocratas imperadores,

Julgadores procuradores e deputados

Onipotentes da razão. Nos votos

Investem na máscara, na câmara

Do descaso a podridão. Essa política

Asquerosa, repressora e fascista da

Desanimadora repressão. Palavras

Nunca antes tão caladas, onde cartas

São marcadas, no poder aquisitivo da

União.

Esportista morre a tiros em uma

Praia, cuja vida foi tirada e a

Sua excelência que não vai

Para a prisão.

Aos doutores amadores, dirigentes

Da nação. Aos burocratas imperadores,

Julgadores senadores, e uma estrela

Esquerdista, e onipotente da razão.

Essa corja de Facínoras, criminosos

E tão fascistas Da vergonhosa repressão.

Saúde Pública tão nazista, inescrupulosa

Realista da desanimadora repressão.

Epidemia alastrada, é poder público

Que maltrata, no poder aquisitivo

Da união. A educação é uma piada,

Onde cartas são marcadas, dos

Moralistas educadores, prepotentes

Da razão.

Isso não se ensina na nobre aula,

Religião.

Até quando palavras, serão ruídos

E o voto é a eleição? Na tirania

Do poder aquisitivo da união!

(Poder aquisitivo, 24 de março de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Vida noturna, ó vida boêmia! Em uma terra

De igrejas, em um mundo sem indulgências. Vida

Inoportuna, não me deixa experiência. Dos

Desastres inocentes, de uma culpa sem

Vivência.

Ó vida noturna, ó vida boêmia! Em terra de

Pecados sem a culpa, há muitos anos se

Cumpre a pena. Em mundo de vinhos sem

A uva, em milagres dessa água tão

Sangrenta. Não há pedidos de desculpas,

Só há sacrifícios em penitência.

Ó vida impura, ó vida boêmia. De um suor

Aqui se suga, cuja alma a envenena.

A cultura concreta e crua, que se esconde

Na demência.

De templo luxo, que aqui se imita, onde só

Plagia a sentença.

Ó vida tão culposa na inocência.

Ó vida desvalorizada, ó vida da boêmia.

Ó vida censurada, na teoria a

Inteligência. Na escola sistemática, do

Moralismo a decadência. Da ausência

Romantismo, tecnologia da ciência. E na

Moda de consumo, na magreza insistente.

Ó vida amargura, ó vida persistente. Vida

Cópia, não triunfa, os mandamentos

Existentes. Terra igreja, não expulsa, o que

Pensa ser decente.

Ó vida noturna, ó vida boêmia! Sem tributos

Minha amiga, mas vivendo sem clemência.

Ser julgado sem a culpa, perpetuamente a

Sentença. Apedrejado em praça pública,

Condenado sem defesa.

Ó vida escura, ó vida de crenças!

Ó vida gatuna, cidade de igrejas!

Ó vida na censura, ó vida

Sentença!

Ó vida noturna, ó vida boêmia!


(Ó vida boêmia, 25 de março de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

A cidade está vendida para industriais.

Nem sempre às cores
da bandeira são

Iguais. Às vezes agimos como

Verdadeiros medievais. Em épocas de

Campanhas carnavais. Em comícios de

De discursos teatrais... Na mágica

Fórmula das festas convencionais.

A cidade está perdida no industrial.

Não vale a pena citar o que é

Consciência social. Enchentes infestam

Todo o mau; não é possível haver tanto

Ser humano irracional. Vendido para

O mercado industrializado, corrompido

No valor desigual. Agindo às vezes

Meio medieval. Nem mesmo bicho, tem

Comportamento tão animal.

A cidade foi vendida para industriais.

É o fim dos parques, florestas e

Mananciais.

A metrópole está nas mãos de

Industriais. No mesmo sistema

Arbitrário, abruptos Patriarcais.

A cidade foi vendida para industriais.

Dinheiro tão corrupto em desastres

Ambientais... A cidade está à mercê

De industriais.

É o destino das grandes capitais. A

Cidade está perdida para industriais.

(Cidade vendida, cidade perdida – 27 de março de 2008)


 


 


 

Que vontade que eu tenho de tocar a sua

Pele; de alisar os seus longos cabelos.

Esses olhos verdes, que são de ensandecer,

Uma rara beleza, que degusta no meu

Prazer.

Que loucura tenho eu, de beijar a sua boca,

Onde a saliva derrete como mel. Deixando

Minha vida louca, me levando até o céu.

Pra não dizer que estou mentindo,

Escrevo o que penso de ti, em alguma

Folha de papel. Pra provar que sou

Sincero, ando em outra rua, muito

Longe das mágoas de um bordel.

Mas que vontade que eu tenho de

Alisar os seus cabelos. De alisar o seu

Rosto belo, de beijar o seu corpo

Inteiro. Que vontade que eu tenho, que

Vontade tenho eu.

(Vontade insaciável, poesia criada nos dias 27 – 28 de março de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Eu não sei o que eu vou ser, quando eu

Crescer. Em terra de gregos, ninguém

Segue os costumes troianos. Na terra

De nativos, ninguém obedece à cultura

De brancos. Certos são eles, é muito

Chato o cotidiano; certos eles estão,

Ninguém quer fazer papel de cavalo

Troiano.

Gregos e troianos, são inimigos se

Odiando.

Gregos e troianos, um combate

Começando.

Quando eu crescer, eu quero ser

Grande. Não quero ter ninguém,

Não me misturo com farsantes.

Em terra de gregos, ao cavalo de tróia.

Em mundo de bêbados, desprezando a

Caridade católica. Neste mundo de

Riquezas místicas, da agressividade

Sórdida.

Gregos e troianos, uma guerra começando.

Gregos e troianos, a humanidade se

Acabando.

Gregos e troianos, por motivos torpes

Guerreando.

Gregos e troianos, um início terminando.

E eu ainda não sei o que serei quando

Crescer. Gregos ou troianos combatendo

Até morrer.

(Gregos e troianos, 29/03/08)


 


 

Nesta noite longa que nada me expira. Ter que

Dormir agora, pra acordar cedo no outro dia. A

Rotina desse lugar de tédio, me irrita. Aqui não

Há nada simples, todo é muito difícil. Minha

Vontade louca de voltar à vida antiga.

Não vou ter o que tinha antes, as muitas opções

Que possuía; as oportunidades ali em minha frente,

Tudo de bom que ainda tinha. Graças aos céus,

Ninguém comentava minha vida. Existia arte em

Cada esquina. Bem diferente desta terra tão

Mesquinha. Quem me conhece, é testemunho da

Vida antiga. Vida agitada, nada de vida simples...

Viver isolado, é das piores coisas que se castiga,

Eu quero voltar à vida antiga. Ouvir as velhas

Cantigas; andar na rua, nas calçadas, sem que

Ninguém observe a minha vida, comentando

Histórias sem nenhuma serventia. Eu quero

Voltar à vida antiga. Não interessa o ponto de

Vista da família, eu quero a qualquer custo viver

O que eu vivia. Eu quero voltar à vida antiga.

(Eu quero voltar à vida antiga, 30 de março de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Se você pensa em algo persistente, invista na

Arte, atitude inteligente.

Respirando liberdade nos ares livres, na codificação

Em ambição Independente. Descumprindo regras,

Não sou Nenhuma moda ambulante.

Pra viver independente desta merda marqueteira,

Desafiando a burguesia Ignorante. Neste mundo

Feito de aparências, desprezando esse consumismo

Degradante. Sociedade social burguesa, Andróides

Da decência copiada.

Mesquinharia desigual e verdadeira, dramatizando

Um louco na sinceridade desvairada.

A arte, da inventiva seja símbolo, da utopia

Idealizada de um artista. Não levante em canto ao

Hino deste esplendido. Deste berço de miséria, da

Intolerante farsa.

Invista na arte, minha amiga e justiceira. Desabafo

Da verdade, nesta obra tão perfeita.


(Quadro, 31/03/2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

É uma fantástica fábrica de ilusões; a propaganda

Eleitoral gratuita, em anos de eleições. Lhe

Transmitem milagrosas emoções. Depois

Desaparecem, ignorando multidões.

É muito fácil pintar os rostos, e esbravejar. Depois

Sumir quando o circo pega fogo. A insalubridade

Aos esquerdistas pede socorro. Com estrela ou

Sendo esquerda, a desigualdade é em dobro.

É um grande acervo de palavras dos intelectos

Moralistas. Gananciosos do poder, mais antes

Disso, socialistas. Mas tornando-se reinado, que

Os torna imperialistas. Faculdade politizada, dos

Doutorados idealistas. Está ausente a passeata,

Quando realmente necessita.

Desmoralizados estudantes, por que tanta

Fantasia?

Caras pintadas de tintas verdes, pau mandados

E utopia.

Meus caros estudantes, nada disso é rebeldia.

Caros "intelectuais", se vendem ao rótulo

Burguesia. Em ano eleitoral, do manifesto

Democracia.

(Passeata social-burguesa, 07 de abril de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 

A camisa cor de vinho, que me deste com

Carinho, que me trás recordações

Remotas.

A lembrança desses dias, em um retrato

Eu sorria, proibido de poder falar.

Ando tão triste, são apenas coisas que

Não me lembro mais...

Nesta noite de luzes, acordei sonhando

Em um sonho que se desfaz.

A camisa cor de vinho, que me deste

Com carinho, para poder me amar. A

Vida no passado, que se faz tão presente,

E um objetivo muito grande, a se buscar...

Ando tão triste, são apenas coisas que não

Me lembro mais...

Nesta noite iluminada, acordei pensando

Que o tempo não volta atrás.

Nunca fomos tão felizes, um dia o sol

Ainda volta a brilhar.

E ando tão triste, são apenas coisas que

Não me lembro mais... imagem de um

Retrato, discreto, mas o tempo, ele não

Volta atrás.


(São apenas coisas que não me lembro mais, 09 de abril de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 

Que vida mágica! Que vida mais bonita!

Vida tão doce, doce vida adormecida. Os

Males se afogam numa tempestade, num

Dilúvio. O clima está tenso, enfrentando o

Resto do mundo.

Não insisto nunca, nem por um segundo,

Pois a vida aqui não é, janela para um

Futuro. Males afogados destruídos pelas

Chamas, compre esta briga por quem

Realmente me ama.

Que vida mágica! Que vida enlouquecida!

Vida tão louca, louca vida adormecida.

Os males se enforcam, em uma corda em

Suicídio. Em remédio bem suspeito de

Um analgésico que causa alívio.

Mais esta vida é mágica, esta vida é

Bonita. Vida adocicada, vida doce

Adormecida.

(A magia, 09 de abril de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Por que partiste tão cedo? Nunca mais vou poder

Tocar no seu cabelo crespo. Ressuscite, isto é um

Apelo; acordei cedo hoje, e vi uma manhã tão

Triste, muito trágico este desfecho. Muito triste

Mesmo.

Lamento até hoje essa perda, pois minha vida

Nunca mais foi à mesma. Mas ressuscite isto

É um apelo, não queria que fosse trágico esse

Desfecho. Como um meio que termina pelo fim,

E um início que acaba pelo começo.

Mas onde estiver que seja um mundo

Verdadeiro. Sem promessas nem mentiras,

Que seja na cauda de um cometa. Sem

Ilusões nem ladainhas, distante deste

Planeta.

Ainda me dói muito a sua perda. Não

Queria que partiste, mas tenho que

Aceitar a cruel certeza. Mas certo e

Convicto: minha vida nunca mais

Será à mesma.


(Lamento a sua perda, poema escrito em 07 de maio de 2002)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Amor-perfeito, Margarida, Copo-de-leite todo Azedo.

O perfume das bromélias vai pairando sobre o

Vento.

Rosas vermelhas tão festivas, rosas brancas cemitério.

Urtigas, orquídeas murchas, da papoula ao analgésico.

Uma flor de Liz, ou um girassol quando formam um

Caso sério.

Duas flores já são muitas, quando são três já é Exagero.

Vida pura aqui se xinga, e quando adormece já é enterro.

Amor-perfeito dose dupla, dosagem alta é remédio. Copo-de-

Leite todo azedo, margarida de mistério. Rosas vermelhas

Minhas amigas, rosas brancas do inverno.

Paineira-do-campo vira enfeite, inspiração no meu caderno.

Flores em grupos, em ramalhetes; umas camélias de

Primavera.

Alguém com o ramo e sorridente, não é dos tempos das

Cavernas. Flores de presentes, cores da quaresma.

Amores iguais a estes, só mesmo em novela.

Amor-perfeito, margarida, copo-de-leite todo azedo.

O perfume das bromélias vai pairando sobre o

Vento.

(Chácara das flores, poesia criada em 15 de abril de 2008)


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Estou implorando emprego... Pelo menos eu

Estou correndo atrás. Mas às barreiras desta

Porra, são a que nos regride, sempre

Regredindo mais.

Aqui é mais um brasileiro, desacreditado

Das possibilidades habituais. Uma nação

Inteira que fode, alimentada dos

Fracassos desiguais.

Não faço nada o dia inteiro... Escola só

Há vagas para alguns "intelectuais". Mais

Eis o homem "justiceiro", que com

Promessas vai fodendo os povos

Neandertais.

A família que quer ver a sua caveira, filhos

Da puta, de dejetos sociais. Crescem o olho

No que rala com muita sede; carcarás

Comendo às sobras capitais.

Para a hipócrita sociedade, todos temos

Que ser iguais... ser diferente nesta porra,

Às vezes nos obriga a voltar aos tempos

Feudais. Mas as oligarquias que os

Protegem, neste mundo de impérios

Indústriais.

O povo é quem enlouquece, com esse

Clero de burguesas de modelos, dessas

Modas estatais. O profeta ´quem

Poetiza, o tédio nosso desses tempos

Coloniais. O coronealismo de imagens,

Que nos censuram em realidades

Atuais. Caviar para essa gente, de

Vestidos a custuras internacionais.

Canaviais pra maioria, trabalhando de todas

Às formas desleais.

Enquanto isso, continuo a ver navios, pois

A burocracia é cruel demais... Neste tédio

Nosso desses tempos capitais.


(Tédio nosso em tempos capitais, 16/04/08)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Aqueles velhos tempos da garoa, isso sim que era

Vida boa! Não tinha dessa de ficar com a vida

Atôa, igual aquelas antigas, não existe nenhuma

Outra.

Qualquer que fosse a desculpa, havia sempre

Um argumento, protestanto à liberdade rua.

Ainda que fossemos nós mesmos, havia

Sempres uns guardas, contestando a

Identidade sua.

Muitas vezes, minha mente que surtou; andando

Bebado pelas vielas, com destino à luz vermelha

Vou... Em pinguelas por onde até ti mesmo já

Passou. Em momentos de insanidade, em

Momentos que a mente incendiou.

Eram bons aqueles tempos das garoas,onde

Era um puto e vadio, sem dinhairo mas sem

Patroa. Isso sim que era vida boa. Na ociosidade

Das ruas nas neblinas das marolas. O cotidiano

Das artes que nada me enjôoa. Em um parque

Escrevendo em meu caderno, contemplando

Aquela lagoa, bons tempos era os tempos da

Garoa. Manifestação artística em livro aberto,

Lembranças daquela vida tão boa; aqueles

Velhos tempos das garoas.

(Aqueles velhos tempos da garoa, poesia criada no dia 23 de abril de 2008)


 


 


 


 


 


 


 

A maresia que puxa e traga minha vida, no meu sonho vendo

Esse mar, não há coisa mais bonita. Tenebroso pesadelo,

Na madrugada eu tinha; mesmo assim, o mar é algo que

Me trás sempre alegria.

Vendo as ondas arrebentarem na areia, às águas me molham

Os pés, que água tão fria. O vento direção norte, que tanto

Assovia. As marés que aqui se contempla, as correntezas, que

Inspiram poesia.

O perigo de ser sugado é o medo que eu tinha. Tanto faz se é

De noite, tanto faz se é de dia... O mar sem dúvida alguma, é

A coisa mais bonita; porém a mais perigosa e interrogativa.

Não sou o lobo velho, nem nunca estive na marinha. Falando

De um sábio pescador que tanto o conhece, menos ainda.

Mas na natureza, algo igual ao mar, não existe coisa mais linda.

Seria ele, um deus em forma de oceano encantando um quadro

Belo, de um célebre artista. Convidando para o seu mundo

Estrela, incentivando a positiva energia.

Ressacas em fúria, de um pesadelo com a orla marítima. Pra

Alto mar eu desejo ir, pra maresia que puxa e suga minha

Vida. Este azul da cor do mar, na natureza não existe coisa

Mais bonita.

(Sonhando com o mar, poesia criada em 25 de abril de 2008. Inspirada em um profundo pesadelo)


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


Apresentando:

Bem vindos queridos leitores, ao sonho da vida sonho! Meu novo livro de poemas e poesias inspirados nos sonhos nossos de cada dia. Em cada poesia, eu autor, falo de amor, poder, dinheiro, religião, política, homenagens; em tudo que reflete sobre o cotidiano da minha e de nossas vidas. Diferente de "A verdade escrita nos muros pichados", "Sonho da vida vida sonho", é um livro de poesias com poucos protestos; e mais categórico, romântico e sonhador. Um livro politicamente incorreto, que para os jovens amantes de poesias, vale à pena fazer uma boa leitura.

Demorei em média, três meses para terminar este livro. Igual no livro "A verdade escrita nos muros pichados", não vou comentar muito sobre os poemas e poesias aqui escritos. Prefiro que o próprio leitor tire suas próprias conclusões, e reflita como quiser.

Um dos meus últimos trabalhos que eu terminei recentemente foi o o romance "O sertão de pedra". Para aqueles que apreciam uma boa poesia, e quer conhecer um por um dos meus trabalhos, leiam este e mais "A verdade escrita nos muros pichados.


Graone de Matoz, Janeiro a abril de 2008


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


Agradecimentos: