quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Graone de Matoz
Sonho da vidaSonho:
01) Sonho da vida sonho
02) Leis de Judas
03) Rosas de fogo
04) Cartas
05) Donas da verdade
06) Grito
07) Que é você?
08) Tão sincero demais
09) Desastres
10) Beijo da insanidade
11) Sina
12) A viagem
13) Tempo inimigo do tempo
14) O fim do mundo II
15) Labirinto
16) Reformatório
17) Alienado
18) Controle remoto
19) Pensando em você
20) Despertando na neblina
21) Minha flor, florida, amor
22) Pedra no caminho, rosa sem espinho
23) Lá no Largo do Arouche
24) Curtos foram esses dias
25) Calejada do cerrado
26) Paisagem poluída
27) Noites vadias
28) Momento
29)
Poder aquisitivo
30) Ó vida boêmia
31) Cidade vendida, cidade perdida
32) Vontade insaciável
33) Gregos e troianos
34) Eu quero voltar à vida antiga
35) Quadro
36) Passeata social-burguesa
37) São apenas coisas que não me lembro mais
38) A magia
39) Lamento a sua perda
40) Chácara das flores
41) Tédio nosso em tempos capitais
42) Velhos tempos da garoa
43) Sonhando com o mar
SONHO DA VIDA SONHO – POESIAS E POEMAS – GRAONE DE MATOZ 2008
A vida é como um sonho; sonhando se
Sonha sonho, dormindo para poder
Sonhar.
A vida se vive a vida; vivendo vivenciar...
A vida da verdade é um sonho, da ilusão
Que a crença quer acrescentar. O circo
Social é para os bobos; uma platéia a mais
A se inventar.
Sonho se sonho; sonho, que não deixa a
Desejar.
Dormindo se dorme à vida, despertando
A acordar. O sono se torna outono, uma
Platéia a mais para se enganar. Sonhando
Torna-se um sonho, para no surreal
Acreditar...
(Sonho da vida sonho, janeiro de 2008)
Puto seja àquele que inventou o
Destino nesta terra suja... Vampiros
Nos consumindo, incorporados de
Cordeiros, ou de Judas...
Louvor à classe nobre, porca e justa;
A "justiça" mais oprime do que
Educa... Em terra de loucos, todos
São execrados pela culpa; e no
Inferno para o diabo lavar mais uma
Roupa suja... Neste labirinto da
Vida dita cuja! Que é mais dos outros
Do que sua.
Aquele que não atira pedras, é o
Primeiro quem te julga. Nas costas
Suas, nas leis de Judas: mercenário
E sangue sugas.
(Leis de Judas, poema do livro "O Sertão de pedra", criado originalmente 15 de outubro de 2006 – São Paulo – SP)
Rosas de fogo: queima ao ego de uma
Vida de louco.
O dom é para poucos. Quem se abre a
Terceiros, ao meliante entrega o ouro.
Tolos são aqueles que com palavras,
Acham que tem a cura. A fórmula não
Há consistência, muito menos a verdade
Pura. Cobaias da ciência, mentira crédula
E crua.
Rosas de fogo, incendeia o ego da
Loucura; rosas de fogo tão distante do
Amor... Romance em cartaz, espetáculo
Real de um ator. O poema é trivial, para
Um artista descrevo a dor.
Rosas de fogo apaixonado, rosas de fogo
Que calor!
Rosas de fogo embriagado, rosas de fogo
De amor.
(Rosas de fogo, janeiro de 2008)
Andei depressa no meu calvário, passei
Voando pela minha agonia.
Caminhei vagarosamente nas minhas
Mágoas tão sozinhas.
Nos meus receios tão sombrios, andei
Lento como um rio de águas rasas de
Sereno tão anil.
Andei, caminhei, sonhei e senti. Pensei,
Como serei depois de tudo isso, se ainda
Não plantei a semente que dar origem ao
Fruto? Que todavia, logo colherei.
Mas desde o início, logo aprendi: que tudo
Que plantei um dia, foi algo que colhi. Pois
O tempo há de semear; também há de
Colher. Mas tudo que me resta agora, é
Que consegui sobreviver a tudo isso,
Colhendo dum fruto só. Tão imaturo!
E a caminhada continua... Sem pressa,
E árdua, devagar, ingrata. Mais a viagem
Valeu, vale e valerá. Enquanto isso, o
Sonho não acabou.
(Cartas, 27 de fevereiro de 2003)
Donas da verdade, céticas ou semideus.
Genocracia aristocrática, regras que
Ninguém obedeceu.
Fascistas impetuosas; impetuosidade
Do prazer.
Tirania que ninguém engole, impondo-lhe
O poder.
Donas da verdade, onipotentes naturais.
Da estética escondem a máscara, num
Jogo de seduções guturais.
Do amor a servidão. Amante se torna
Escravo, de joelhos ao perdão; onde
O certo se torna errado, direitos é
Algo em vão.
Corruptas da vaidade, esnobando
A caridade alheia... Injustiça, que
Torna "justa", na mesquinharia
Verdadeira. Que se danem os
Problemas do mundo, apenas a
Mudança de lua é que é perfeita!
Apenas as donas da verdade, são
Que choram, as imperatrizes do
Planeta.
(Donas da verdade, 05 de fevereiro de 2008)
Grito... Liberdade que grita dentro de mim.
Como num dia chuvoso e triste assim...
Liberdade que canta, algo em mim.
É só um grito: felicidade que briga
Dentro de mim. Como num dia
Chuvoso, e triste assim. Liberdade
Que canta algo em mim.
Grito de liberdade;
Grito de discurso, grito de alegria;
Ruído de remorso, grito de agonia.
Grito... Liberdade que grita dentro
De mim. Será que vai ser sempre
Assim?... Música que canta algo
Em mim.
É só um grito!
(Grito, dezembro de 2007)
Quem é você, que não me sai da cabeça?
Quem é você que me tira a fome? Que não
Deixa ler o meu jornal... Notícias de
TV é tudo igual...
Quem é você que me tira o sono?
Quem é você que não me deixa escrever?
O que faz você no meu destino? Quem é
Você que me deixa tão mal?
Que não deixa ser um cara muito
Legal... Andar a essas horas, é imoral...
Quem é você, essa imagem invisível?
Quem é você, um sonho antigo? Que
Não sabe ser o que é normal... Vontade
Na manhã, não é nada mal...
(Quem é você?, 22 de fevereiro de 2008)
Eu começo a escrever, tudo que um dia
Aconteceu. Começo a enxergar, tudo
Que um dia me pertenceu.
Quem me dera um dia ser... A política
Que fizeram da minha vida... Tantos
Dias e tantas noites que pensei em
Solidão.
Porque eu não me entrego, não
Regresso... Tão sincero demais.
Porque eu não enxergo o tão
Singelo, tão sensível demais.
Eu começo a aprender, o que
Há, e o que não, possibilidade
De vencer. Tudo, tudo, tudo
Que um dia me pertenceu...
Quem me dera um dia ser... A
Mentira óbvia, que fizeram da
Minha vida... A vida tão vazia
Até luz do fim dos dias...
Porque eu não enxergo, o tão
Singelo... Tão sensível demais.
Porque eu não me entrego, não
Regresso, tão sincero demais.
Porque eu não lhe peço, não
Me entrego, sou tão singelo
Demais...
(Tão sincero demais, outubro de 2004 – junho de 2005)
Afogo-me em um desespero, que algo
Me livre desta angústia. Que venha
Algo pra ouvir, não precisamos de
Tanta astúcia.
Já aceito tantas regras burocráticas
Demais.
Tragédias radioativas, conseqüências de
Um desastre. Essa atmosfera que
Envenena nosso sangue; essa água
Podre que nos mata a cada dia. Não sei
Falar essa língua!, Não sei falar essa
Língua... Assassina!
Desastres, todos à espera de um
Ataque!
Desastres, atacando o céu e os
Sete mares.
Um dia de sangue, ataques em
Destaque. Invasão de domicílio,
Invasão de privacidade... Já
Aceito tantas regras burocráticas
Demais...
Tragédias radioativas, conseqüências
De um desastre. Essa atmosfera que
Envenena nosso sangue; essa água
Podre que nos mata a cada dia. Não
Sei falar essa língua!, Não sei falar
Essa língua... Assassina!
Já aceito tantas regras burocráticas
Demais, já aceito tantas regras
Burocráticas demais...
Afogado num desespero, que algo
Me livre desta angústia. Usando
Palavras que não são suas. Tentando
Remediar o que não tem cura.
Já aceito tantas regras burocráticas
Demais; já aceito tantas regras
Burocráticas demais...
Catástrofes radioativas, conseqüências
De um desastre. Essa atmosfera que
Envenena nosso sangue; essa água
Podre que nos mata a cada dia.
Não sei falar essa língua, não sei
Falar essa língua, não sei falar
Essa língua... Assassina!
Desastres, todos à espera de
Um ataque.
Desastres, atacando ao céu e
Aos sete mares.
Desastres...
Catástrofes.
Desastres...
Catástrofes.
Desastres!
(Desastres, junho de 2005)
Ferramentas em óbito, clandestinidade de
Seu povo. Surtos circunstanciais, da
Loucura instantânea.
Negligência do império, abdicando o seu
Trono. Cansado de mentes vazias, o
Reinado está morto.
Surtos circunstanciais, necessidade
Instantânea.
Memórias de uma luta sem justiça,
Direitos um codinome para o consolo.
Beijo da insanidade, na loucura
Doentia. Alimento da ingenuidade,
No voto nosso de cada dia.
(Beijo da insanidade, 03/11/2004)
Bate forte obsessão, dilacerado coração,
Pisoteado de um amante estorvo.
Desalmado coração, a verdadeira
Explosão, de um verdadeiro e
Fulminante.
Perfurado a imensidão de uma
Eternidade relevante.
Castigado a solidão, humilhado a
Um vexame; de uma podre ilusão
Acuado a todo instante.
Condenado a escuridão e frustrado
A qualquer chance. Odiado da
Paixão, massacrado ao meu
Alcance.
Esmagado coração, decepção foi
Muito grande. Encontrar algum
Consolo no afeto bem distante.
(Sina, fevereiro de 2005)
Silencioso tiroteio, misericórdia em teu seio.
Mas me amo loucamente, no tão grotesco
E persistente.
O corpo é descartável, outra vida é
Inevitável. Uma escolha é o cemitério,
Outra coisa o crematório.
Não importa essa matéria, discriminatório
Cientista. A teoria é condenatória, de um
Capitalismo egoísta.
Morrem pobres, morrem loucos, mas o
Bom senso é para poucos...
A verdade é mentirosa, tão falsária e
Fantasiosa. Quem tem certeza nesse
Universo, é quem não tem idéia
Própria. A viagem é para sempre, pra
Essa vida não tem volta. Mesmo que
Haja decomposição do ser; mesmo
Que a matéria esteja morta.
(A viagem, 16 de fevereiro de 2006)
O tempo é inimigo do tempo. São quase dez anos
Confinado no templo. Se o dinheiro fosse igual
Às pessoas, o sacrifício seria mais lento.
Mentiras tão ditas, que conduzem à verdade.
Iludidas, manipulam um pensamento uma cidade.
Medo, sofrimento, ansiedade.
Desejo, sentimento e piedade.
O tempo é inimigo do tempo. São quase dez anos
Confinado no templo. Se o dinheiro fosse como às
Pessoas, o sacrifício seria mais lento.
Cartas bem escritas que conduzem a lágrimas.
Doloridas, multiplicam um elemento de mágoas.
Preconceito, ressentimento inimizade.
Desrespeito, encarceramento, crueldade.
O tempo é inimigo do tempo...
(Tempo inimigo do tempo, 16 de fevereiro de 2006)
ABAIXO HIPOCRISIA!
Um dia, se o mundo realmente acabar; quero
Escrever o dia, como uma ponta que queima
Entre os dedos, temendo se apagar.
Mas como ela poderia se apagar, se aquilo
Que chamamos de planeta cósmico, de
Fogo irá se acabar?
Brasa não faltará!
E se eu viver até lá, se é que o mundo irá
Realmente acabar, pagarei pra ver o
Fim começando desde já.
Vale à pena arriscar... Quer um palpite?
É bom experimentar; pois tudo que surge,
Um dia irá se acabar; tudo que um dia
Começa, um dia tem que terminar.
E quer um palpite? É melhor começar
A acreditar... Pagando para ver o fim
Começando desde já. Quer um palpite?
É bom experimentar!
(O fim do mundo II, 07 de fevereiro de 2006)
A porta de concreto é uma saída. Pela janela
Que some à luz do dia. A morte nos consome
Em carne viva... A vida que se perde à
Hipocrisia.
Luz desaparece no fim do túnel...
Pois à fuga é sempre uma idéia fútil; onde a
Fome é sempre uma greve útil. A anarquia
Subversiva, desaparece no discurso inútil.
A porta de concreto é uma saída. Pelo muro
De desgraças eu sorria. A sorte nos corrompe
À sacristia; oportunidade que se perde na cor
Cinza. Ganância mercenária, gloriosa e
Assassina...
O dinheiro tão sonhado é uma utopia.
A porta de concreto é uma saída. Pela vida
Tão amada que eu vivia.
A ansiedade que me bate tão sózinha; é a
Saudade que me atormenta tão doída.
Amargo foi o orgulho em minha vida.
Trágico é ter perdido a ironia.
A porta de concreto é uma saída. Pelo
Palco de um espetáculo eu assistia...
Impotente da razão eu me sentia;
Onipotente da verdade eu não ouvia.
Entorpecido pela lógica não percebia.
A porta de concreto é uma saída. Pela
Alma que se sente tão perdida; pela vida
Enganosa adormecida.
Mais uma coisa eu admito: a porta de
Concreto é um labirinto A palavra que não
Pode ser esquecida... A porta de concreto é uma saída!
(Labirinto, 09 de fevereiro de 2006
Nada é o que se ver, tudo é o que se
Sente. Palavras não importam, o
Saber é que todos mentem.
O argumento é sempre uma desculpa;
Singela consciência, nos livramos de
Tanta culpa.
Nada é para sempre, à vida é uma
Loucura. Do subconsciente, onde
Está essa aventura?
Nada a declarar a toda essa corja.
O sol não nasce pra todos, não há
Nada pra esquecer.
O sol não nasce pra todos, muito
Menos para àqueles que fazem por
Merecer...
Fazer por merecer!
(Alienado, 05 de fevereiro de 2006)
A caminho sem destino, sem medo da verdade.
Aceite um convite, você é motivo de orgulho...
Orgulho da família...
Orgulho da nação... Aceite essa vida, de ordens
E submissão.
Não seja tão covarde. Cadê seu patriotismo?,
Onde está sua lealdade?!
Controle remoto do estado. Sem idéias e sem
Vontade. Cadê seu patriotismo? Onde está a
Obrigatoriedade?!
Só há sangue em minha frente, por toda à
Parte... Dever cívico para o estado. Controle
Remoto, marionete pau mandado, lealdade.
Não seja tão covarde. Por que não canta o
Hino? Cadê sua responsabilidade?! Que
Falta de patriotismo! Que sujeito sem
Coragem!
Controle remoto do estado, sobrevivendo
Da caridade. Mas respeite o seu país; país
Sem liberdade.
(Controle remoto, novembro de 2004)
Quando penso em você me dói à alma, Desfaz
Daquilo tudo que acredito... Uma idéia fixa
Intencionada. O amor só não é mais forte
Que o infinito.
Pensando em você, é vaidade. Mas me faz entrar
Nesse mundo tão mesquinho. A fixação por você
Me dói à alma, me faz desistir do meu destino.
Àquele bom e velho abraço, não quero ser aquele
Bom e velho amigo.
Pensando em você... Que não consigo chorar. Não
Consigo aprender, a deixar de desejar.
Pensando em você... Não consigo te esquecer,
Não quero mais lembrar... Não preciso me vender,
Quem só me faz me machucar.
Pensando em você.
Lembrando você.
Citando você.
Pensando em você... Sem falar no
Principal, odiando você.
(Pensando em você, 06 de março de 2008)
Neblina que, nasce no fim do
Dia. No fim de tarde,
Despertando para a vida.
Viagem que me nasce em
Cor viva. É espetáculo real
Das luzes cinza. O poema
Nasce do poeta que algo
Cria. Da canção diária
Que algo expira. As
Palavras que sussurram,
Em quem respira; da voz
Usurpadora que se ouvia.
Das palavras de liberdade,
Da criação da poesia...
(Despertando na neblina, 11 de março de 2008)
Minha flor, florida, amor... Quem foi
Que disse a ti, que lhe tenho horror?
Lhe faço juras, lhe escrevo poemas
De tanto valor... As cartas que escrevi,
Pra ti meu grande amor.
Amor, florida, minha flor... Não guarde
De mim nenhum rancor. Às pétalas em
Pedaços, em minha vida espezinhou.
Rosas espinhosas, comparo a ti o meu
Amor.
Lhe faço juras, lhe escrevo poemas
De valor... As lágrimas que derramei
Por ti, meu grande amor.
Amor, florida flor... Minha amada, querida
Flor... Quem foi que disse que lhe tenho
Horror?
Para minha flor, florida, amor...
(Minha flor, florida, amor – 15 de março de 2008)
Como uma pedra no caminho, como uma rosa
Sem espinho... Solidão que vem e passa, nesse
Dia tão lindo.
A declaração é gloriosa, a poesia é inventada.
A paixão é perigosa, a melodia é mal criada.
Como uma pedra no caminho, como uma rosa
Sem espinho... Solidão que vem e passa, nesse
Dia tão lindo.
A palavra é carinhosa, a canção que é cantada.
A viagem é gostosa, a inspiração que é
Inspirada.
Como uma pedra no caminho, como uma
Rosa sem espinho... Solidão que vem e passa,
Nesse dia tão lindo.
Pensando em metáforas, criando com
Carinho. Em uma mesa a luz e velas,
Com um bom e velho vinho...
Como uma pedra no caminho, como
Uma rosa sem espinho... Solidão que
Vem e que passa, neste dia tão lindo.
Como uma pedra no caminho, como
Uma rosa sem espinho.
(Pedra no caminho, rosa sem espinho – 16 de março de 2008)
Lá do Largo do Arouche, você me
Trouxe presentes, e uma boa
Noite.
No Largo do Arouche, você vingou,
Escreveu, e sobrevoou...
Lá no largo do Arouche, você me
Trouxe balas, depois um doce.
Ali mesmo, você plantou: estrelas,
Depois me usou. Me seduziu,
Depois cansou; depois pediu, mas
Não pagou.
Lá do largo do Arouche você trouxe,
Um beijo e admirou-se; balas e
Depois um doce.
Lá no largo do arouche você cantou:
A música, que emocionou. O livro
Que você escreveu, a história que
Você criou.
Lá do lado do Arouche, você me trouxe.
(Lá no largo do Arouche, 17/03/2008)
Peço que não me deixe sem respostas. Nesta
Carta que eu lhe escrevo agora. Curtos
Foram esses dias; em um sol de outono, a
Nestes meses ventanias.
Escrevo a ti, sem falsa modéstia. Cotidiano
De uma vida hipócrita; curtos foram esses dias...
Sem nada pra botar pra fora. Em dias de
Burocracia. Em semanas de agruras próprias.
Nessa carta lamento os meus deslizes. Frases
De desabafos, que nunca foram tão felizes.
Curtos foram esses dias, porre no final da tarde,
Lembranças de madrugadas vadias.
Peço que não me deixe sem respostas. A vida
Não pode acabar assim. Remédios para ansiedade,
Dê-me uma resposta para mim. Curtos foram esses
Dias. Sem início, meio ou fim. Curtos foram esses dias, a
Memória me entenderia.
(Curtos foram esses dias, poema criado em 22 de março de 2008)
Será que depois da morte existe
Vida? Sai da seca, sai da sina e
A treva nos castiga? Ou o inferno
É aquele sol, que tanto queima e
Judia?
Tudo planta e nada vinga. É o pão
Nosso de cada dia. Tanto faz morrer
De sede, morremos aos poucos a
Cada dia. De barriga bichada, ou de
Barriga vazia.
Essa é a experiência nata de toda a
Vida. Ou morrer de fraqueza, ou
Então de bala perdida. Ou de boca
Seca, ou de fome desnutrida.
Carrega a cruz da penitência, ou a
Fome misericórdia? Calejada é
Brasileira, o futuro não importa.
Para a caridade sertaneja, tem
Ao menos humilde cova.
(Calejada do cerrado, poesia tema do livro "Sertão de pedra" – São Paulo - 2006)
Paisagem poluída, corrompida, destrutiva da
imagem visual; Minha terra tem fumaças
que envenenam nosso ar. O oxigênio que
se respira é uma poluição Pulmonar.
Nesse céu não há estrelas, nossas
Várzeas não tem flores, nossos bosques são
Sem vidas, nessas vidas sem amores...
Minha terra tem fumaças, que envenenam
Nosso ar; irritam os meus olhos, enfisema
Pulmonar. Vendo tudo se acabando, e o
Mundo se calar. Paisagem poluída, holocausto
Nuclear.
Aqui as aves não gorjeiam, arrepia no estampido
Da pólvora. Sim, é triste, mas não há outro
Desfecho pra essa estória. Lamento falar
Sobre essa modernidade sórdida, que se
Vende ao consumismo, e consome a vida
Própria.
Poluição industrializada, monopólio que
Polui. Imagem visual comprometida, das
Águas deste rio insalubre.
Poluição governamental, desvalorização
Do ser humano. Poluição do capital...
Paisagem poluída, corrompida, destrutiva da imagem
Visual!
(Paisagem poluída, 23 de março de 2008)
Vida se consome a luz do dia, em ruas de
Liberdade explícita. Minhas noites são
Vadias, da boêmia a poesia. A crítica
Social, do templo a heresia.
Em uma sexta-feira tão artística, alguém
Sempre me dizia: "a arte é sua, a sua cria,
Não tem mais surtos tão artistas; cuja arte
Adquiria. Na semente que se planta, em
Algum fruto que se vinga".
Será sempre assim, uma vida numa noite
Vadia? Cuja liberdade é explícita... Em tempos
De poesia, minhas noites são vadias. De uma
Boêmia romanceada, a uma cachaça envelhecida.
Da boêmia a poesia, minhas noites são vadias.
(Noites vadias, 23 de março de 2008)
Desculpe a ofensa, foi tudo de momento.
Desculpe o meu jeito, esse meu jeito
Truculento.
A raiva não se acalma, a raiva que não
Passa. O ódio é furacão, o choro é
Tempestade.
Lágrimas são chuvas, mas o cansaço é
De momento. Desculpe pelo dia, por
Tudo isso eu lamento.
Desculpe pelo incomodo, é só por um
Momento. Perdoe o desabafo, me
Desculpe o mau jeito, desculpe o meu
Comportamento. Lágrimas são chuvas
E o choro é tempestade.
Por tudo isso eu lamento. Me desculpe
A ofensa, foi tudo de momento.
(Momento, poema criado em 2003 – modificado em 24 de março de 2008)
Aos doutores, amadores dirigentes da
Nação. Aos burocratas imperadores,
Julgadores promotores e juízes
Onipotentes da razão. Essa "justiça"
Corporativista, enganosa e fascista
Da desanimadora repressão. Palavras
Nunca antes censuradas, onde cartas
São marcadas, no poder aquisitivo da
União...
Aos doutores amadores, dirigentes da
Nação. Aos burocratas imperadores,
Julgadores procuradores e deputados
Onipotentes da razão. Nos votos
Investem na máscara, na câmara
Do descaso a podridão. Essa política
Asquerosa, repressora e fascista da
Desanimadora repressão. Palavras
Nunca antes tão caladas, onde cartas
São marcadas, no poder aquisitivo da
União.
Esportista morre a tiros em uma
Praia, cuja vida foi tirada e a
Sua excelência que não vai
Para a prisão.
Aos doutores amadores, dirigentes
Da nação. Aos burocratas imperadores,
Julgadores senadores, e uma estrela
Esquerdista, e onipotente da razão.
Essa corja de Facínoras, criminosos
E tão fascistas Da vergonhosa repressão.
Saúde Pública tão nazista, inescrupulosa
Realista da desanimadora repressão.
Epidemia alastrada, é poder público
Que maltrata, no poder aquisitivo
Da união. A educação é uma piada,
Onde cartas são marcadas, dos
Moralistas educadores, prepotentes
Da razão.
Isso não se ensina na nobre aula,
Religião.
Até quando palavras, serão ruídos
E o voto é a eleição? Na tirania
Do poder aquisitivo da união!
(Poder aquisitivo, 24 de março de 2008)
Vida noturna, ó vida boêmia! Em uma terra
De igrejas, em um mundo sem indulgências. Vida
Inoportuna, não me deixa experiência. Dos
Desastres inocentes, de uma culpa sem
Vivência.
Ó vida noturna, ó vida boêmia! Em terra de
Pecados sem a culpa, há muitos anos se
Cumpre a pena. Em mundo de vinhos sem
A uva, em milagres dessa água tão
Sangrenta. Não há pedidos de desculpas,
Só há sacrifícios em penitência.
Ó vida impura, ó vida boêmia. De um suor
Aqui se suga, cuja alma a envenena.
A cultura concreta e crua, que se esconde
Na demência.
De templo luxo, que aqui se imita, onde só
Plagia a sentença.
Ó vida tão culposa na inocência.
Ó vida desvalorizada, ó vida da boêmia.
Ó vida censurada, na teoria a
Inteligência. Na escola sistemática, do
Moralismo a decadência. Da ausência
Romantismo, tecnologia da ciência. E na
Moda de consumo, na magreza insistente.
Ó vida amargura, ó vida persistente. Vida
Cópia, não triunfa, os mandamentos
Existentes. Terra igreja, não expulsa, o que
Pensa ser decente.
Ó vida noturna, ó vida boêmia! Sem tributos
Minha amiga, mas vivendo sem clemência.
Ser julgado sem a culpa, perpetuamente a
Sentença. Apedrejado em praça pública,
Condenado sem defesa.
Ó vida escura, ó vida de crenças!
Ó vida gatuna, cidade de igrejas!
Ó vida na censura, ó vida
Sentença!
Ó vida noturna, ó vida boêmia!
(Ó vida boêmia, 25 de março de 2008)
A cidade está vendida para industriais.
Nem sempre às cores
da bandeira são
Iguais. Às vezes agimos como
Verdadeiros medievais. Em épocas de
Campanhas carnavais. Em comícios de
De discursos teatrais... Na mágica
Fórmula das festas convencionais.
A cidade está perdida no industrial.
Não vale a pena citar o que é
Consciência social. Enchentes infestam
Todo o mau; não é possível haver tanto
Ser humano irracional. Vendido para
O mercado industrializado, corrompido
No valor desigual. Agindo às vezes
Meio medieval. Nem mesmo bicho, tem
Comportamento tão animal.
A cidade foi vendida para industriais.
É o fim dos parques, florestas e
Mananciais.
A metrópole está nas mãos de
Industriais. No mesmo sistema
Arbitrário, abruptos Patriarcais.
A cidade foi vendida para industriais.
Dinheiro tão corrupto em desastres
Ambientais... A cidade está à mercê
De industriais.
É o destino das grandes capitais. A
Cidade está perdida para industriais.
(Cidade vendida, cidade perdida – 27 de março de 2008)
Que vontade que eu tenho de tocar a sua
Pele; de alisar os seus longos cabelos.
Esses olhos verdes, que são de ensandecer,
Uma rara beleza, que degusta no meu
Prazer.
Que loucura tenho eu, de beijar a sua boca,
Onde a saliva derrete como mel. Deixando
Minha vida louca, me levando até o céu.
Pra não dizer que estou mentindo,
Escrevo o que penso de ti, em alguma
Folha de papel. Pra provar que sou
Sincero, ando em outra rua, muito
Longe das mágoas de um bordel.
Mas que vontade que eu tenho de
Alisar os seus cabelos. De alisar o seu
Rosto belo, de beijar o seu corpo
Inteiro. Que vontade que eu tenho, que
Vontade tenho eu.
(Vontade insaciável, poesia criada nos dias 27 – 28 de março de 2008)
Eu não sei o que eu vou ser, quando eu
Crescer. Em terra de gregos, ninguém
Segue os costumes troianos. Na terra
De nativos, ninguém obedece à cultura
De brancos. Certos são eles, é muito
Chato o cotidiano; certos eles estão,
Ninguém quer fazer papel de cavalo
Troiano.
Gregos e troianos, são inimigos se
Odiando.
Gregos e troianos, um combate
Começando.
Quando eu crescer, eu quero ser
Grande. Não quero ter ninguém,
Não me misturo com farsantes.
Em terra de gregos, ao cavalo de tróia.
Em mundo de bêbados, desprezando a
Caridade católica. Neste mundo de
Riquezas místicas, da agressividade
Sórdida.
Gregos e troianos, uma guerra começando.
Gregos e troianos, a humanidade se
Acabando.
Gregos e troianos, por motivos torpes
Guerreando.
Gregos e troianos, um início terminando.
E eu ainda não sei o que serei quando
Crescer. Gregos ou troianos combatendo
Até morrer.
(Gregos e troianos, 29/03/08)
Nesta noite longa que nada me expira. Ter que
Dormir agora, pra acordar cedo no outro dia. A
Rotina desse lugar de tédio, me irrita. Aqui não
Há nada simples, todo é muito difícil. Minha
Vontade louca de voltar à vida antiga.
Não vou ter o que tinha antes, as muitas opções
Que possuía; as oportunidades ali em minha frente,
Tudo de bom que ainda tinha. Graças aos céus,
Ninguém comentava minha vida. Existia arte em
Cada esquina. Bem diferente desta terra tão
Mesquinha. Quem me conhece, é testemunho da
Vida antiga. Vida agitada, nada de vida simples...
Viver isolado, é das piores coisas que se castiga,
Eu quero voltar à vida antiga. Ouvir as velhas
Cantigas; andar na rua, nas calçadas, sem que
Ninguém observe a minha vida, comentando
Histórias sem nenhuma serventia. Eu quero
Voltar à vida antiga. Não interessa o ponto de
Vista da família, eu quero a qualquer custo viver
O que eu vivia. Eu quero voltar à vida antiga.
(Eu quero voltar à vida antiga, 30 de março de 2008)
Se você pensa em algo persistente, invista na
Arte, atitude inteligente.
Respirando liberdade nos ares livres, na codificação
Em ambição Independente. Descumprindo regras,
Não sou Nenhuma moda ambulante.
Pra viver independente desta merda marqueteira,
Desafiando a burguesia Ignorante. Neste mundo
Feito de aparências, desprezando esse consumismo
Degradante. Sociedade social burguesa, Andróides
Da decência copiada.
Mesquinharia desigual e verdadeira, dramatizando
Um louco na sinceridade desvairada.
A arte, da inventiva seja símbolo, da utopia
Idealizada de um artista. Não levante em canto ao
Hino deste esplendido. Deste berço de miséria, da
Intolerante farsa.
Invista na arte, minha amiga e justiceira. Desabafo
Da verdade, nesta obra tão perfeita.
(Quadro, 31/03/2008)
É uma fantástica fábrica de ilusões; a propaganda
Eleitoral gratuita, em anos de eleições. Lhe
Transmitem milagrosas emoções. Depois
Desaparecem, ignorando multidões.
É muito fácil pintar os rostos, e esbravejar. Depois
Sumir quando o circo pega fogo. A insalubridade
Aos esquerdistas pede socorro. Com estrela ou
Sendo esquerda, a desigualdade é em dobro.
É um grande acervo de palavras dos intelectos
Moralistas. Gananciosos do poder, mais antes
Disso, socialistas. Mas tornando-se reinado, que
Os torna imperialistas. Faculdade politizada, dos
Doutorados idealistas. Está ausente a passeata,
Quando realmente necessita.
Desmoralizados estudantes, por que tanta
Fantasia?
Caras pintadas de tintas verdes, pau mandados
E utopia.
Meus caros estudantes, nada disso é rebeldia.
Caros "intelectuais", se vendem ao rótulo
Burguesia. Em ano eleitoral, do manifesto
Democracia.
(Passeata social-burguesa, 07 de abril de 2008)
A camisa cor de vinho, que me deste com
Carinho, que me trás recordações
Remotas.
A lembrança desses dias, em um retrato
Eu sorria, proibido de poder falar.
Ando tão triste, são apenas coisas que
Não me lembro mais...
Nesta noite de luzes, acordei sonhando
Em um sonho que se desfaz.
A camisa cor de vinho, que me deste
Com carinho, para poder me amar. A
Vida no passado, que se faz tão presente,
E um objetivo muito grande, a se buscar...
Ando tão triste, são apenas coisas que não
Me lembro mais...
Nesta noite iluminada, acordei pensando
Que o tempo não volta atrás.
Nunca fomos tão felizes, um dia o sol
Ainda volta a brilhar.
E ando tão triste, são apenas coisas que
Não me lembro mais... imagem de um
Retrato, discreto, mas o tempo, ele não
Volta atrás.
(São apenas coisas que não me lembro mais, 09 de abril de 2008)
Que vida mágica! Que vida mais bonita!
Vida tão doce, doce vida adormecida. Os
Males se afogam numa tempestade, num
Dilúvio. O clima está tenso, enfrentando o
Resto do mundo.
Não insisto nunca, nem por um segundo,
Pois a vida aqui não é, janela para um
Futuro. Males afogados destruídos pelas
Chamas, compre esta briga por quem
Realmente me ama.
Que vida mágica! Que vida enlouquecida!
Vida tão louca, louca vida adormecida.
Os males se enforcam, em uma corda em
Suicídio. Em remédio bem suspeito de
Um analgésico que causa alívio.
Mais esta vida é mágica, esta vida é
Bonita. Vida adocicada, vida doce
Adormecida.
(A magia, 09 de abril de 2008)
Por que partiste tão cedo? Nunca mais vou poder
Tocar no seu cabelo crespo. Ressuscite, isto é um
Apelo; acordei cedo hoje, e vi uma manhã tão
Triste, muito trágico este desfecho. Muito triste
Mesmo.
Lamento até hoje essa perda, pois minha vida
Nunca mais foi à mesma. Mas ressuscite isto
É um apelo, não queria que fosse trágico esse
Desfecho. Como um meio que termina pelo fim,
E um início que acaba pelo começo.
Mas onde estiver que seja um mundo
Verdadeiro. Sem promessas nem mentiras,
Que seja na cauda de um cometa. Sem
Ilusões nem ladainhas, distante deste
Planeta.
Ainda me dói muito a sua perda. Não
Queria que partiste, mas tenho que
Aceitar a cruel certeza. Mas certo e
Convicto: minha vida nunca mais
Será à mesma.
(Lamento a sua perda, poema escrito em 07 de maio de 2002)
Amor-perfeito, Margarida, Copo-de-leite todo Azedo.
O perfume das bromélias vai pairando sobre o
Vento.
Rosas vermelhas tão festivas, rosas brancas cemitério.
Urtigas, orquídeas murchas, da papoula ao analgésico.
Uma flor de Liz, ou um girassol quando formam um
Caso sério.
Duas flores já são muitas, quando são três já é Exagero.
Vida pura aqui se xinga, e quando adormece já é enterro.
Amor-perfeito dose dupla, dosagem alta é remédio. Copo-de-
Leite todo azedo, margarida de mistério. Rosas vermelhas
Minhas amigas, rosas brancas do inverno.
Paineira-do-campo vira enfeite, inspiração no meu caderno.
Flores em grupos, em ramalhetes; umas camélias de
Primavera.
Alguém com o ramo e sorridente, não é dos tempos das
Cavernas. Flores de presentes, cores da quaresma.
Amores iguais a estes, só mesmo em novela.
Amor-perfeito, margarida, copo-de-leite todo azedo.
O perfume das bromélias vai pairando sobre o
Vento.
(Chácara das flores, poesia criada em 15 de abril de 2008)
Estou implorando emprego... Pelo menos eu
Estou correndo atrás. Mas às barreiras desta
Porra, são a que nos regride, sempre
Regredindo mais.
Aqui é mais um brasileiro, desacreditado
Das possibilidades habituais. Uma nação
Inteira que fode, alimentada dos
Fracassos desiguais.
Não faço nada o dia inteiro... Escola só
Há vagas para alguns "intelectuais". Mais
Eis o homem "justiceiro", que com
Promessas vai fodendo os povos
Neandertais.
A família que quer ver a sua caveira, filhos
Da puta, de dejetos sociais. Crescem o olho
No que rala com muita sede; carcarás
Comendo às sobras capitais.
Para a hipócrita sociedade, todos temos
Que ser iguais... ser diferente nesta porra,
Às vezes nos obriga a voltar aos tempos
Feudais. Mas as oligarquias que os
Protegem, neste mundo de impérios
Indústriais.
O povo é quem enlouquece, com esse
Clero de burguesas de modelos, dessas
Modas estatais. O profeta ´quem
Poetiza, o tédio nosso desses tempos
Coloniais. O coronealismo de imagens,
Que nos censuram em realidades
Atuais. Caviar para essa gente, de
Vestidos a custuras internacionais.
Canaviais pra maioria, trabalhando de todas
Às formas desleais.
Enquanto isso, continuo a ver navios, pois
A burocracia é cruel demais... Neste tédio
Nosso desses tempos capitais.
(Tédio nosso em tempos capitais, 16/04/08)
Aqueles velhos tempos da garoa, isso sim que era
Vida boa! Não tinha dessa de ficar com a vida
Atôa, igual aquelas antigas, não existe nenhuma
Outra.
Qualquer que fosse a desculpa, havia sempre
Um argumento, protestanto à liberdade rua.
Ainda que fossemos nós mesmos, havia
Sempres uns guardas, contestando a
Identidade sua.
Muitas vezes, minha mente que surtou; andando
Bebado pelas vielas, com destino à luz vermelha
Vou... Em pinguelas por onde até ti mesmo já
Passou. Em momentos de insanidade, em
Momentos que a mente incendiou.
Eram bons aqueles tempos das garoas,onde
Era um puto e vadio, sem dinhairo mas sem
Patroa. Isso sim que era vida boa. Na ociosidade
Das ruas nas neblinas das marolas. O cotidiano
Das artes que nada me enjôoa. Em um parque
Escrevendo em meu caderno, contemplando
Aquela lagoa, bons tempos era os tempos da
Garoa. Manifestação artística em livro aberto,
Lembranças daquela vida tão boa; aqueles
Velhos tempos das garoas.
(Aqueles velhos tempos da garoa, poesia criada no dia 23 de abril de 2008)
A maresia que puxa e traga minha vida, no meu sonho vendo
Esse mar, não há coisa mais bonita. Tenebroso pesadelo,
Na madrugada eu tinha; mesmo assim, o mar é algo que
Me trás sempre alegria.
Vendo as ondas arrebentarem na areia, às águas me molham
Os pés, que água tão fria. O vento direção norte, que tanto
Assovia. As marés que aqui se contempla, as correntezas, que
Inspiram poesia.
O perigo de ser sugado é o medo que eu tinha. Tanto faz se é
De noite, tanto faz se é de dia... O mar sem dúvida alguma, é
A coisa mais bonita; porém a mais perigosa e interrogativa.
Não sou o lobo velho, nem nunca estive na marinha. Falando
De um sábio pescador que tanto o conhece, menos ainda.
Mas na natureza, algo igual ao mar, não existe coisa mais linda.
Seria ele, um deus em forma de oceano encantando um quadro
Belo, de um célebre artista. Convidando para o seu mundo
Estrela, incentivando a positiva energia.
Ressacas em fúria, de um pesadelo com a orla marítima. Pra
Alto mar eu desejo ir, pra maresia que puxa e suga minha
Vida. Este azul da cor do mar, na natureza não existe coisa
Mais bonita.
(Sonhando com o mar, poesia criada em 25 de abril de 2008. Inspirada em um profundo pesadelo)
Apresentando:
Bem vindos queridos leitores, ao sonho da vida sonho! Meu novo livro de poemas e poesias inspirados nos sonhos nossos de cada dia. Em cada poesia, eu autor, falo de amor, poder, dinheiro, religião, política, homenagens; em tudo que reflete sobre o cotidiano da minha e de nossas vidas. Diferente de "A verdade escrita nos muros pichados", "Sonho da vida vida sonho", é um livro de poesias com poucos protestos; e mais categórico, romântico e sonhador. Um livro politicamente incorreto, que para os jovens amantes de poesias, vale à pena fazer uma boa leitura.
Demorei em média, três meses para terminar este livro. Igual no livro "A verdade escrita nos muros pichados", não vou comentar muito sobre os poemas e poesias aqui escritos. Prefiro que o próprio leitor tire suas próprias conclusões, e reflita como quiser.
Um dos meus últimos trabalhos que eu terminei recentemente foi o o romance "O sertão de pedra". Para aqueles que apreciam uma boa poesia, e quer conhecer um por um dos meus trabalhos, leiam este e mais "A verdade escrita nos muros pichados.
Graone de Matoz, Janeiro a abril de 2008
Agradecimentos: