quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Caro amigo sonho.

Caro amigo sonho: escrevo-te esta carta, de
duas ou mais páginas, que é de enlouquecer!
Ficando acordado, agitado até o dia amanhecer.
O barco que navega em um oceano sem águas;
e ainda este corre risco de naufrágio, um carente
de lazer.
É tão surreal esta história, que eu acho que devo
recitá-la a você.
És quem me inspira fantasia, arte e poesia... Por
isso ridicularizado pelos sociais-caretas! Dramatizam
o moralismo, porém imorais para viver. Crentes da
verdade da certeza; ignorantes da felicidade do que
é prazer.
Deus existe para eles, mas invertem o seu significado.
Desinformado do cotidiano da vida de terceiros, para
eles é a morte. És execrado pelos setes capitalistas
pecados. Discursos sem palavras, palavras sem
argumentos, que não tem nada à dizer.
A mentira é a sua semente meu caro amigo... Mas quem
disse a quem que ela seja um fruto hipócrita? A verdade
é uma cortina, para pior cego que não quer ver... a televisão
é hipnótica, no voto do cabresto, desta corja da verdade que
nos forçam a crer. A tecnologia é uma grande fábula; eu não
sei, repulsa por quem sabe e não quero saber.
Para finalizar, não tenho vontade nenhuma de acordar. O
mundo real é para os fracos, lunático eu quero ser.
Surrealismo é inverídico, mas nele pretendo morrer.
31/09/2007

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Retratos Urbanos.

Aos que vivem no meio dos ratos. Não sei
quem é certo, se é deus ou se é o diabo.
Governo suga até a alma, dignidade
humana que escorre pelo ralo..
Para àqueles que vivem marginalizados.
Nada mais importa o que é certo ou que
é errado. Enquanto lá nos templos
governados pelos gatos. Na sargeta se
comem vivos por um mísero trocado.
Reclamando de barriga cheia entupida
só de vento. Estando "nóia" pelas ruas,
sujeiras na auto-estima da indignidade
humana. Ratos, baratas e lixos são meras
companias; a desgraça, doenças e enchentes,
são chamados de destinos, há quem diga!
Caminhos e sem futuros, não é nenhuma
novidade; apenas fotos de manchetes que
trasparecem à verdade. A verdade seja dura,
sem modéstias nem igrejas. A desgraça de
terceiros para os jornais é a principal fonte de
renda.
Fotos, imagens, retratos urbanos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Não quero morrer de amor.

Não quero morrer de amor, não quero, não
quero, não quero... Me deixe ao menos me
anestesiar, não quero sentir mais dor.
Seus olhos tão meninos feito os seus. O
desenho da sua boca me endoideceu.
Não quero morrer de amor, não quero
morrer de amor...
Quero te apagar da minha lembrança.
Quando lembro de ti meu coração
chora feito criança..
Porque eu não quero morrer de amor,
não quero morrer de amor... Não quero,
não quero, não quero.
Não quero e nem posso te amar.
Não quero, não quero, não quero...
Morro de vergonha de tanto assim lhe
desejar. Porque meu peito dói, desse
jeito você comigo vai acabar.
Não quero morrer de amor, não quero
morrer de amor...
Não quero, não quero, não quero...
Não quero, não posso, não quero.