quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Somente eu.

Aqueça os meus lábios, mistura de prazer
ou de dor. Seu charme é traiçoeiro, sinto
dúvidas do que é amor...
Encabulado em receio, mas sei muito
bem me dar valor.
Me sufoque em seu corpo, um
clorofórmio do éter do prazer. A minha
insana conciência não é mais forte que
o querer.
Meu bem querer me amortece o corpo.
Meu amor me fere a alma. A luxúria é
a mais forte corrupção humana. Pelo
menos, um minuto que seja de lucidez,
de que o meu coração sente falta.
Detestável morfina nobre, me anestesie
em meu orgulho estilhaços. Fisiológicamente
para adormecer o óbvio. Ali naquele instante
é o meu irracional que fala mais alto...
Inexistente afeto que fere à sangue, a cada
orgasmos de um coração drogado. Dignidade
se ilude nas chances, mas me aqueço no calor
do seu abraço.
Molhe a minha boca desidratada pela sede.
Entregue ao corpo hipnotizado; inconcequente,
iludido, enganado. Pela serpente embriagado
assim estou... Tão de repente...
A carne é fraca, me absolvo de qualquer pecado
recentemente. Mas me envolva neste corpo impuro,
me aqueça nesse amor ardente.
04/06/2008

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